Serafina
Macau parece um Brasil às avessas; saiba mais
Controlada pelos portugueses por mais de quatro séculos, Macau parece um Brasil às avessas: aqui, a língua de Camões não conseguiu se impor aos locais, a miscigenação é rara, e o território se restringiu a uma minúscula faixa litorânea.
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Treze anos depois da devolução à China, a presença lusitana se limita ao casario, aos calçadões de pedra portuguesa e a alguns excelentes restaurantes. É como se Las Vegas tivesse fagocitado Paraty.
O português é visível sobretudo na comunicação oficial, fruto do acordo de transferência com a China. Pura formalidade: a maioria dos chineses nem reconhece o nome "Macau". Para eles, a cidade é Aomen.
"Eu odeio essas placas enormes [em português] que ninguém consegue ler. São inúteis", conta uma funcionária do cassino Venetian.
"Dez anos atrás, aqui era muito diferente. A cultura portuguesa era presente", conta a macaense Diana Lucio. Filha de português com chinesa, está entre os 3% da população que ainda falam a língua. "Hoje, para se reunir, a malta apenas faz jantaradas em restaurantes portugueses."
Mas não deixa de ser divertido ler os nomes dos logradouros, escritos sobre bonitos azulejos: há a azinhaga dos Amores, o beco das Rolas, o largo da Sé, a rua dos Bem Casados...
Manfred Gottschalk | ||
Igreja colonial em praça com pedras portuguesas, em Macau |
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