Com mudança do clima, urso polar gasta mais energia e come menos

Animais foram acompanhados no Ártico com GPS e câmeras

Urso polar usa coleira com câmera e GPS no pescoço no gelo do Ártico
Urso polar que participou de pesquisa usa coleira com GPS e câmera em imagem divulgada pelo serviço geológico dos EUA no mar de Beaufort, no Ártido - Associated Press
São Paulo

Ursos polares equipados com câmeras e aparelhos de GPS acoplados a uma coleira no pescoço revelaram que, com as mudanças climáticas, estão gastando mais energia do que consomem durante a alta da temporada de caça. 

Os animais contam basicamente com uma dieta rica em focas, caçadas na superfície do gelo. O problema é que a abundância de gelo no Ártico está caindo a uma taxa de 14% por década e reduzindo o acesso dos ursos às presas. 

 

Nos meses de abril de 2014, 2015 e 2016, pesquisadores americanos capturaram nove fêmeas no mar de Beaufort, no norte do Alasca,  para rastrear seu gasto energético, analisar amostras de sangue e urina e acompanhar sua atividade diurna com GPS e vídeos gravadas pelas câmeras. 

Os resultados, publicados nesta quinta na revista científica "Science", apontam que o metabolismo dos ursos polares é 1,6 maior do que o que se pensava; quatro das ursas acompanhadas perderam 10% ou mais de sua massa corporal durante o período de acompanhamento de 8 a 11 dias. 

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