Pato-mergulhão garante cachoeiras límpidas da Chapada dos Veadeiros

Espécies raras servem como indicador de qualidade da água; rede de sementes e quilombo lutam como formigas contra pressão do agronegócio

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Alto Paraíso e Cavalcante

Levantar às 4h30, rodar vários quilômetros na lama, caminhar bastante debaixo de chuva e ter muita, muita sorte: eis a receita para avistar o pato-mergulhão (Mergus octosetaceus) na beira do rio dos Couros, Chapada dos Veadeiros.

As quatro aves que sobrevoaram o rio encachoeirado às 7h45 representam uns 2% de todos os indivíduos registrados em território nacional, cerca de 200-250. Fora da chapada esses patos são encontrados em poucos locais, como Serra da Canastra (MG) e Jalapão (TO).

Claudomiro de Almeida Cortes, diretor da Associação Cerrado de Pé, usa uma escada para coletar sementes de açaí para serem usadas no restauro de vegetação de áreas degradadas da Chapada dos Veadeiros
Claudomiro de Almeida Cortes, diretor da Associação Cerrado de Pé, usa uma escada para coletar sementes de açaí para serem usadas no restauro de vegetação de áreas degradadas da Chapada dos Veadeiros - Lalo de Almeida/Folhapress

Sua característica marcante é o penacho na nuca, que o macho segura com o bico enquanto copula no rio. Ovos ficam em ninhos nas rochas, e o pai ajuda a cuidar dos filhotes (raridade entre patos), que sofrem alta predação por ariranhas, lontras e gaviões. Não há dimorfismo sexual, fêmeas e machos têm a mesma aparência.

Enquanto patos voarem na região, haverá garantia de água limpa. A espécie criticamente em perigo depende de rios transparentes para enxergar pequenos peixes de que se alimenta, explica Gislaine Disconzi, do projeto Evitando a Extinção do Pato-Mergulhão no Corredor Veadeiros-Pouso Alto-Kalunga, tema de suas dissertações de mestrado e doutorado.

A iniciativa recebeu US$ 213 mil (R$ 1,2 milhão, ao câmbio atual) do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF). Em três anos, de 2018 a 2020, a equipe de 15 pessoas mapeou dez trechos com patos em cinco rios da chapada, ou dez casais em reprodução, um total de 33 indivíduos quando incluídos juvenis e solitários.

O biólogo Fernando Previdente, 43, coordenou trabalhos de campo. Nascido em Santa Fé do Sul (SP) e criado em Urânia (SP), o guia de turismo e dono do empório natural Santa Maria, em Alto Paraíso, conta ter percorrido mais de 1.500 km de rios na chapada em busca dos patos.

Casal de pato-mergulhão no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros
Casal de pato-mergulhão no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros - Divulgação/Projeto Pato-Mergulhão/André Dib - 24.abr.2019

Previdente acompanhou a reportagem da Folha na caminhada até o Couros, afluente do Tocantinzinho, que por sua vez desemboca no reservatório da usina Serra da Mesa. Mesmo com sua experiência na área, surpreendeu-se ao avistar um par seguido de filhotes de 4-5 meses apenas dez minutos depois de chegarmos ao rio.

Disconzi e Previdente fazem parte do movimento contrário a projetos de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) na chapada. As barragens alteram o regime fluvial e afetam a sobrevivência das aves.

Quatro desses empreendimentos no Tocantinzinho, da empresa pertencente à família do governador Ronaldo Caiado (DEM), Rialma, foram suspensos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em janeiro. Encontram-se agora em fase de recurso administrativo.

O rio dos Couros deve seu nome ao curtume instalado na margem por veadeiros que caçavam na região. O ponto do avistamento dos patos fica a jusante de uma das mais espetaculares quedas d’água entre as célebres cachoeiras da chapada, inadequada porém para banho pela violência das Cataratas do Couros.

Para não perturbar as aves, o guia raramente leva turistas ao local, próximo da antiga fazenda Boa Esperança. A propriedade abriga três reservas particulares de patrimônio natural (RPPNs) e o retiro Osho Lua, mantido por seguidores do controverso guru indiano e, no passado, palco de raves que atraíam milhares.

As festas dançantes acabaram proibidas. Também sob a justificativa de proteger os patos, o governo goiano criou em 2020, ao lado da fazenda, o Parque Estadual Águas do Paraíso. São 5.000 hectares (50 km2) protegidos ao lado das RPPNs.

A administração Caiado vem alargando e cascalhando estradas de terra em torno do parque estadual. A maior parte da malha serpenteia entre campos de soja. A pista ampla e as pinguelas de tronco substituídas por pontes de concreto indicam que a reforma favorece sobretudo carretas de grãos, não tantos carros de turistas.

Há sinais de desmatamento ao longo da estrada. Uma faixa de 20 m em ambos os lados perdeu o restante de mata que separava a via da lavoura de soja e de ocasionais plantações de eucalipto. Pilhas de restos das árvores retorcidas do cerrado, derrubadas e queimadas, ainda estão visíveis na margem.

De cada lado do leito carroçável abriram-se valas de mais de 1 m para escoar enxurradas na parte plana do alto da chapada em que se instalou a monocultura, que favorecem a erosão. Água carregada de barro vermelho desce pelas vertentes e acabará por assorear os rios ou turvar as torrentes preferidas dos patos.

Para assegurar a sobrevivência do bicho, Previdente e outros voluntários percorrem rios em caiaques a fim de localizar ninhos do mergulhão. Precisam ser ágeis, porque as fêmeas deixam o local dos ovos para se alimentar por no máximo 40 minutos.

É comum haver oito ovos no ninho. Quatro são então retirados e levados de carro pelo veterinário Alexandre Resende para o Zooparque de Itatiba (SP), a 1.136 km de distância, onde são incubados. Meia centena de filhotes já foram obtidos em cativeiro, e o plano é reintroduzi-los no ambiente natural.

A maioria das espécies do gênero Mergus são patos marinhos vivendo em estuários, onde mergulham para pescar. Só o M. octosetaceus adentrou um continente e se adaptou às águas transparentes do interior da América do Sul.

O pato-mergulhão sul-americano desapareceu da bacia do rio Paraná. A população diminuta que sobrevive nas do Tocantins e do São Francisco está entre as dez aves aquáticas mais ameaçadas do mundo. Recebeu o título de embaixador das águas, mas é preciso que elas permaneçam limpas para que possa representá-las.

Muitos turistas que se dirigem à Chapada dos Veadeiros têm três coisas em vista: banhar-se em cachoeiras cristalinas, imergir na atmosfera místico-vegetariana de Alto Paraíso e tirar fotos no Jardim de Maytreya, com o icônico morro da Baleia ao fundo.

Maytreya é o nome do novo Buda, resquício de religião surgida em Alto Paraíso que acreditava em gigantesco cristal sob a paisagem edênica do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Nada zen, entretanto, é a placa de advertência à beira da estrada: multa de R$ 10 mil para quem ultrapassar ou cortar o arame farpado.

Nada detém os visitantes, conta Bárbara Silva Pachêco, da empresa de restauração Verdenovo e integrante da Rede de Sementes do Cerrado: "Pulam e rompem a cerca para tirar fotos iguais às do Insta. Pisoteiam o campo úmido, desestruturando o solo. Não adianta plantar nada ali, tem de trabalhar com comunicação".

Turistas que se dirigem à Chapada dos Veadeiros têm três coisas em vista: banhar-se em cachoeiras cristalinas, imergir na atmosfera místico-vegetariana de Alto Paraíso e tirar fotos no Jardim de Maytreya, com o icônico morro da Baleia ao fundo
Turistas que se dirigem à Chapada dos Veadeiros têm três coisas em vista: banhar-se em cachoeiras cristalinas, imergir na atmosfera místico-vegetariana de Alto Paraíso e tirar fotos no Jardim de Maytreya, com o icônico morro da Baleia ao fundo - Lalo de Almeida/ Folhapress

O esforço para restaurar a vegetação natural da chapada depende da vigilância da população local e da conscientização de visitantes e fazendeiros. Pachêco conta já ter sido interpelada por moradores da região, que param o carro e vão verificar o que pesquisadores e ambientalistas estão fazendo em áreas restritas do parque.

O trabalho da Rede, que recebeu para isso US$ 283 mil (R$ 1,6 milhão, hoje) do CEPF no período 2018-20, tem algo similar a enxugar gelo. Em parceria com a Associação Cerrado de Pé, deve fechar 2021 com 10 toneladas de sementes coletadas, o bastante para iniciar a restauração de até 150 hectares (1,5 km2).

Numa única operação em março, o governo estadual aplicou multa R$ 1,2 milhão pelo desmatamento de 200 hectares numa gleba fora do parque, na Área de Proteção Ambiental Pouso Alto.

O parque nacional tem 240 mil hectares (2.400 km2, mais de uma vez e meia a área do município de São Paulo) e enfrenta a cobiça do agronegócio. O deputado federal Delegado Waldir (PSL-GO) apresentou projeto de lei na Câmara para anular a ampliação feita em 2017 e retornar a 65 mil hectares.

"Apesar de o Parque contribuir com a preservação ambiental, ressalta-se que o aumento desmedido de seu tamanho prejudica os agricultores da região", disse o parlamentar na justificativa do PL. Só não mencionou que, ao ser criado em 1961, o então Parque Nacional do Tocantins tinha 625 mil hectares e, antes de ampliado, já sofrera duas amputações.

O parque é uma das maiores áreas preservadas de cerrado. Exibe todas as fisionomias do bioma, de campos limpos (predominância de gramíneas) e campos sujos (capim, arbustos e arvoretas) à mata fechada do cerradão.

A savana brasileira tem alta biodiversidade, ou seja, muitas espécies vegetais e animais, várias delas endêmicas. Mas se acha sob forte pressão, tendo perdido metade da cobertura original sob avanço da fronteira agrícola, e por isso é considerada um "hotspot" (área crucial) para conservação.

A Cerrado de Pé está fazendo a restauração de 35 hectares no parque nacional em 2021. Para comparação: 81 hectares foram desmatados na unidade de conservação durante o governo Bolsonaro, de janeiro de 2019 a outubro de 2021, segundo o sistema Mapbiomas Alerta.

O plano é aumentar a escala da regeneração. Em 2022, a Cerrado de Pé prevê 90 hectares no parque (a Rede completará mais 10 hectares com a Verdenovo). Outros 800 estão programados para o triênio 2022-24 fora da unidade, ainda na Chapada dos Veadeiros, em colaboração com a empresa Semeia Cerrado.

Maria Eduarda Moreira Salomon Camargo, analista ambiental da Rede, ressalva: muito do que ONGs e empresas restauram no parque corresponde a compensações ambientais, só repõe a longo prazo desmatamento recente de outras áreas de cerrado. Em 2020, o bioma perdeu 730.000 hectares (7.300 km2) de vegetação natural.

Filho de garimpeiro e agricultor, Claudomiro de Almeida Cortes, 40, fez curso do Ibama para se tornar brigadista do programa Prevfogo, em 2007, com intuito de obter um salário. Não imaginou, na época, que se tornaria um plantador de capim, presidiria a Associação Cerrado de Pé e seria chamado de maluco pelos amigos.

Ao combater o grande incêndio de 2009 perto de Alto Paraíso, notou que o fogo saíra de controle ao atingir uma área de pastagem com gramíneas exóticas, introduzidas pela pecuária. Surgiu aí a ideia de desalojar as espécies invasoras e restaurar o cerrado.

Claudomiro de Almeida Cortes, diretor da Associação Cerrado de Pé, caminha por uma vereda degradada em recuperação no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros
Claudomiro de Almeida Cortes, diretor da Associação Cerrado de Pé, caminha por uma vereda degradada em recuperação no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros - Lalo de Almeida/Folhapress

Começou com três colegas brigadistas, erradicando capim-gordura na base de foice e enxadão. Juntaram 3,5 kg de sementes e plantaram, achando que nada iria brotar. Dois anos depois, voltaram e viram o resultado: "Ficamos encantados".

Hoje diretor de restauração da associação, Cortes relembra que mudou seu conceito sobre restauro quando passou a contar com a ajuda de Alexandre Bonesso Sampaio, engenheiro florestal do Centro Nacional de Avaliação da Biodiversidade e de Pesquisa e Conservação do Cerrado (CBC), do ICMBio.

No campo, Sampaio começou a coletar sementes de capins nativos do cerrado. "Esse cara tá doido", pensou Cortes, mas atentou para o que o técnico lhe ensinava: no cerrado intocado, sempre havia gramíneas, em maior ou menor quantidade. Para restaurar integralmente o bioma, seria obrigatório semear capins nativos.

"Achei que não ia dar certo, mas comecei a coletar, escolher as espécies, aprender", diz o brigadista. Passou a inventar nomes para as dezenas, centenas de espécies que identificava: capim-roxo, pé-de-galinha, pé-de-pintinho...

Saía pelas estradas da chapada catando semente de capim, e os conhecidos paravam para perguntar se a moto estava quebrada. Quando informava o motivo da parada, ouvia: "Plantar mato? Tá ficando doido. Tem de plantar é banana, abacate".

Com o tempo, Cortes foi entendendo o papel do capim, que compara ao de uma esponja que infiltra a água no solo e regula nascentes formadoras dos rios na chapada rochosa. Participou da formação da Cerrado de Pé em 2017, organizando uma centena de coletores de sementes na região de Cavalcante e Alto Paraíso.

"Se não proteger e recuperar o cerrado, um dia ninguém mais vai tomar banho de cachoeira na Chapada dos Veadeiros."

Metade dos coletores da Rede de Sementes do Cerrado na chapada mora em um quilombo, o Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga. O território tem 262 mil hectares (2.620 km2), mas os residentes só receberam títulos de parte das terras.

Cada família da meia centena de coletoras de sementes pode ser localizada de imediato, e suas condições de vida, conhecidas, graças ao sistema de informações geográficas (SIG) mantido por Adriano Paulino da Silva, 23. Nove entre dez domicílios do quilombo já responderam aos longos questionários para alimentar o SIG.

A estação de trabalho de Silva fica no povoado Engenho 2, na sede da Associação Kalunga Comunitária do Engenho, da qual é presidente. Após esperar alguns minutos para carregar o programa SIG no computador, o técnico em informática não demora a gerar um mapa das comunidades para a reportagem.

Adriano Paulino da Silva, 23, presidente da AKCE, Associação Kalunga Comunitaria do Engenho II, e que participou do trabalho de georeferenciamento do território Kalunga
Adriano Paulino da Silva, 23, presidente da AKCE, Associação Kalunga Comunitaria do Engenho II, e que participou do trabalho de georeferenciamento do território Kalunga - Lalo de Almeida/Folhapress

O jovem cursou ensino médio técnico no Instituto Federal de Ceres (GO), morando três anos em alojamento. Prefere viver no quilombo, onde constituiu família (dois filhos) e "tem mais liberdade, [é] bom demais".

Além de presidir a associação local, foi contratado pelo Instituto de Reflorestamento Eden. Monitora áreas para a empresa com imagens de satélites como o Sentinel, usado no SIG, que faz registros de cada área de 5 em 5 dias e é capaz de identificar elementos em terra maiores que 10 m.

Silva aprendeu o ofício com Elizon Dias Nunes, da Universidade Federal de Goiás. O geógrafo realizou de junho de 2018 a janeiro de 2020 um mapeamento de solos, rochas, vegetação, nascentes e áreas de preservação permanente na área quilombola, tendo o rapaz como auxiliar na validação dos dados de satélite.

O programa de computador é pesado, e a conexão de internet da Teresinet Telecom, apenas razoável (20 Mbps) para o processamento gráfico. Com paciência, vai mostrando as informações no banco de dados do quilombo: malha viária, hidrografia, comunidades, altitude (282 m a 1.390 m), focos de incêndio (3.852 em 2018-2019), 95 atrações turísticas (cachoeiras, restaurantes, hospedagem).

Para cada família o sistema informa se cria gado, coleta frutos e sementes, tem acesso a saúde e educação, e assim por diante. A primeira versão do questionário tomava cinco horas de entrevista, mas uma revisão reduziu-a para 1h30 a 2h.

Uma das 1.390 famílias entrevistadas é a de Nelivânia Paulino Barbosa, 30, irmã de Silva. Ela e o marido, Eugênio Paulino da Costa Neto, 30, estão casados há 12 anos e têm dois filhos, de 12 e 9 anos.

O casal foi premiado com auxílio para implantar um hectare (10 mil m2) de sistema agroflorestal (SAF) depois de se destacar como alunos exemplares em curso oferecido pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB). A outra família contemplada mora no Vão das Almas, comunidade distante do Engenho 2.

O SAF fica no pé da serrinha da Bocaina, terreno baixo onde predominam as chamadas roças de toco, método tradicional em que se plantam arroz, feijão e milho entre troncos derrubados e queimados. A roça de Nelivânia e Eugênio destoa das que a rodeiam.

O terreno foi arado e destocado por oito pessoas com machados e motosserras, na impossibilidade de levar um trator até lá. A irrigação se faz por gravidade, com 11 rolos de mangueira preta doados pelo IEB, assim como as mudas: 1.200 pés de abacaxi, 490 de café, 112 de mexerica, 64 de laranja e 10 de limão.

Nas entrelinhas a dupla plantou arroz com ajuda de 28 moradores da comunidade. Espera colher 35 a 40 sacas do grão, o suficiente para manter a família durante 3 a 4 anos. Após a colheita, vão semear milho, feijão e melancia para vender na seca.

"A parte mais dura foi destocar", conta Nelivânia, "mas nada de muito difícil. Só de ganhar uma área dessa já compensa." Eles também criam 31 cabeças de gado e mantêm outra roça —de toco— com milho e 50 bananeiras.

Eugênio complementa a renda familiar trabalhando como brigadista do Prevfogo cinco meses por ano, com salário de R$ 1.400.

Saímos do SAF para visitar a cachoeira do Candaru, mas Nelivânia recomenda manter distância segura. A trilha que leva até a queda está coberta de água, e a agricultora, que também trabalha como guia turística, teme ser apanhada por uma cabeça d’água com as chuvas incomumente intensas deste dezembro.

Bocaina acima, no caminho de volta para o carro estacionado, já estava chovendo. A moça, que desce e sobe a ladeira todos os dias para cuidar da roça, caminha sob o temporal como se nada fosse. Na Chapada dos Veadeiros, água nunca foi um problema para quem depende da agricultura e do turismo para melhorar de vida.

Os jornalistas Lalo de Almeida e Marcelo Leite viajaram a convite do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF)

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