A Petrobras reapresentou o pedido de retomada do processo de licenciamento para perfuração do poço Morpho 1-APS-57, na foz do rio Amazonas. O anúncio foi feito pelo presidente da companhia, Jean Paul Prates, no Twitter, na noite desta quinta-feira (25).
Procurada pela Reuters, a estatal confirmou as informações, mas até o momento não havia se posicionado via comunicado ou fato relevante ao mercado, como de praxe.
O poço 1-APS-57 faz parte do bloco FZA-M-59, no litoral do Amapá, na chamada bacia da foz do rio Amazonas.
Na semana passada, o Ibama rejeitou a solicitação da estatal para perfuração de poços no bloco FZA-M-59, o que chegou, inclusive, a gerar ruídos dentro do governo. A Petrobras disse que protocolaria um pedido de reconsideração da decisão.
Prates afirmou que, desde que conseguiu os direitos da concessão do local, a Petrobras "passou então a buscar obter o licenciamento das atividades pertinentes, entre elas a perfuração de um 'poço pioneiro' —o poço inaugural para se checar se há possibilidade de ocorrência de petróleo ou gás num determinado setor de uma bacia".
Segundo ele, o processo de licenciamento foi "conduzido com a máxima diligência pelas equipes de sustentabilidade e meio ambiente da Petrobras".
O presidente da companhia acrescentou que "alguns mal-entendidos técnicos e argumentos distorcidos merecem esclarecimento".
Ele citou, como exemplo, o uso de foz do Amazonas para se referir à área alvo de disputa. O nome, segundo ele, "só é assim em virtude do Mapa das Bacias Sedimentares Brasileiras, e abrange uma área bem mais ampla do nosso Mar Territorial e Plataforma Continental, da mesma forma que a bacia terrestre do Paraná extrapola os limites do estado de mesmo nome".
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