Descrição de chapéu mudança climática Rússia

3,5 milhões de hectares já queimaram nas florestas da Rússia em 2024

Apenas nesta quarta (10), 500 focos de incêndio atingiram uma área de 1 milhão de hectares

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AFP

Neste ano, a Rússia registrou quase 6.000 focos de incêndios florestais, anunciaram as autoridades do país nesta quarta-feira (10). No período, as chamas já consumiram mais de 3,5 milhões de hectares —uma área maior que o estado de Alagoas.

"[Só] hoje foram registrados 500 focos de incêndios florestais, em uma superfície de mais de um milhão de hectares", declarou o ministro de Situações de Emergência, Alexandre Kourenkov, em uma reunião com o presidente Vladimir Putin, transmitida na televisão local.

A imagem mostra um incêndio florestal em uma área densamente arborizada. A fumaça espessa e cinza cobre grande parte da cena, obscurecendo a visão das árvores abaixo. Várias colunas de fumaça sobem ao céu.
Vista aérea de fumaça subindo de um incêndio florestal nos arredores da vila de Berdigestyakh, na Sibéria (Rússia) - Dimitar Dilkoff - 27.jul.2021/AFP

Embora o número de focos de incêndio esteja em baixa em relação ao ano passado, a superfície dos terrenos queimados, se multiplicou por 1,5. Kourenkov afirmou que mais de 6.000 pessoas foram mobilizadas para combater os incêndios.

Os incêndios florestais ocorrem cada vez mais cedo na Rússia nos últimos anos, favorecidos por ondas de calor precoces. Segundo o ministro do Meio Ambiente, Alexandre Koslov, este ano, eles começaram um mês antes por causa de dias de verão com calor anormal e muito vento.

Os territórios mais afetados são a Sibéria Oriental e o Extremo Oriente, especialmente Yakutia, região pouco populosa que sofre regularmente com desastres climáticos.

Além de sofrerem os efeitos das mudanças climáticas, ficando mais frequentes, os incêndios florestais também estão do outro lado da equação: como liberam muito carbono, agravam o aquecimento global.

Estudos já mostraram que os incêndios nas florestas boreais estão emitindo quantidades cada vez maiores de dióxido de carbono (CO₂).

No ano passado, em meio a recordes de temperatura no planeta, o Ártico teve o verão mais quente já registrado.

2023 também ficou marcado como um ano devastador quanto a incêndios florestais, com mais de 400 milhões de hectares perdidos no mundo. Estas queimadas resultaram na liberação de 6,5 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera.

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