Groenlândia prolonga prisão de defensor de baleias Paul Watson até 5 de setembro

Japão pede extradição de ativista, acusado de danificar navio e ferir marinheiro em protesto contra caça de cetáceos

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AFP

O tribunal de Nuuk decidiu, nesta quinta-feira (15), manter na prisão até 5 de setembro o ativista ecologista Paul Watson, detido nesse território autônomo dinamarquês e cuja extradição é solicitada pelo Japão por um caso vinculado à militância contra a caça de baleias.

"O tribunal da Groenlândia decidiu hoje [quinta-feira] que Paul Watson será mantido em detenção até 5 de setembro de 2024 para garantir sua presença no momento da decisão sobre a extradição", cuja data não foi divulgada, anunciou a polícia em um comunicado.

Homem fala ao microfone
O ativista ambiental Paul Watson em evento em Paris em 2015 - Miguel Medina - 10.dez.2015/AFP

Watson, ativista canadense-americano de 73 anos, foi preso em 21 de julho quando seu navio atracou em Nuuk para reabastecer e continuar sua viagem para "interceptar" um baleeiro japonês no Pacífico Norte, de acordo com a Fundação Captain Paul Watson (CPWF, na sigla em inglês).

A prisão ocorreu após um aviso vermelho emitido pela Interpol em 2012, a pedido do Japão, que acusa o ativista de ser corresponsável por danificar um navio baleeiro e ferir um marinheiro ao supostamente jogar uma bomba de mau cheiro em seu rosto.

Juntamente com a Noruega e a Islândia, o Japão é um dos últimos países a autorizar a caça comercial de baleias.

Watson realizou diversas operações em suas águas para deter os baleeiros, afundando ou atacando seus navios, com armas acústicas, canhões de água e bombas de mau cheiro.

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