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Dragão da Morte: como era réptil pré-histórico descoberto na Argentina

Restos foram preservados em rochas nas montanhas dos Andes por 86 milhões de anos

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Leo Sands
BBC News Brasil

Restos fossilizados de um réptil voador gigante —do tamanho de um ônibus— foram descobertos na Argentina.

O Dragão da Morte, como os cientistas apelidaram a nova espécie, caçava presas há cerca de 86 milhões de anos.

Quando estendidas, suas asas mediam nove metros de uma ponta à outra. O tamanho do predador é "aterrorizante", disse Leonardo Ortiz, o cientista por trás da descoberta à BBC.

"Esta espécie tinha uma altura semelhante à de uma girafa", diz Ortiz, com uma envergadura que "desafia os limites de nossa compreensão biológica".

Uma ilustração científica do recém-descoberto Thanatosdrakon amaru - Leonardo Ortiz

Seus restos foram preservados em rochas nas montanhas dos Andes por 86 milhões de anos, o que significa que a criatura voadora viveu no mesmo período que dinossauros.

Ortiz foi um dos paleontólogos que originalmente descobriram os fósseis do réptil durante uma escavação na Argentina em 2012.

Ele escolheu o nome da espécie —Thanatosdrakon amaru— porque combinava as palavras gregas para "morte" e "dragão".

Fósseis do pterossauro recém-identificado estavam enterrados em rochas há 86 milhões de anos - Reuters

"Parecia apropriado nomeá-lo dessa forma", disse o professor Ortiz em entrevista anterior. "É o dragão da morte."

Acredita-se que o réptil seja um dos primeiros predadores a usar suas asas para caçar presas —voando pelos céus do Cretáceo da Terra antes da evolução dos pássaros.

Uma equipe de paleontólogos descobriu os restos mortais na Cordilheira dos Andes da Argentina em 2012 - Reuters

Apesar disso, Ortiz disse à BBC que o animal provavelmente passava a maior parte do tempo no chão.

Os detalhes do estilo de vida fóssil da criatura são escassos, mas o fato de um par de espécimes de tamanhos diferentes terem sido descobertos juntos é evidência de que o predador vivia em grupos.

O réptil viveu cerca de 20 milhões de anos antes de um asteroide atingir a Terra em um evento catastrófico de extinção, eliminando três quartos da vida animal e vegetal e marcando o fim do Período Cretáceo.

Em 2017, fósseis pertencentes a um pterossauro ainda mais antigo, datado de 170 milhões de anos atrás no período jurássico, foram descobertos na ilha escocesa de Skye com uma envergadura estimada de 2,5 metros.

O paleontólogo Leonardo Ortiz ao lado de uma réplica em tamanho real da espécie recém-descoberta - Leonardo Ortiz

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