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Astrônomos detectam 'por acaso' pequeno asteroide com James Webb

Objeto, que tem de 100 m a 200 m de comprimento, é o menor observado até agora com o telescópio

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Washington | AFP

Usando o Telescópio Espacial James Webb, astrônomos europeus detectaram um asteroide anteriormente desconhecido do tamanho do Coliseu de Roma entre os planetas Marte e Júpiter.

O asteroide, que mede de 100 m a 200 m de comprimento, é o menor objeto observado até agora com o telescópio, anunciou a Nasa nesta segunda-feira (6).

Ilustração do asteroide detectado por acaso pelo telescópio espacial James Webb, entre Marte e Júpiter - Nasa, ESA, CSA, N. Bartmann (ESA/Webb), ESO/M. Kornmesser e S. Brunier, N. Risinger

Astrônomos europeus "detectaram por acaso" o asteroide, destacou a agência americana em nota, acrescentando que mais observações são necessárias para determinar sua natureza e propriedades.

"De forma completamente inesperada, detectamos um pequeno asteroide", disse Thomas Muller, astrônomo do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre, na Alemanha.

A descoberta ocorreu durante a calibração do Instrumento Infravermelho Médio (MIRI) do telescópio, que opera em comprimentos de onda do infravermelho médio.

Imagem feita pelo Telescópio Espacial James Webb do Quinteto de Stephan, um grupo de cinco galáxias localizado a cerca de 290 milhões de anos-luz da Terra, na constelação do Pégaso. Xinhua/Nasa/ESA/CSA/STScI

Imagem do mesmo Quinteto de Stephan feita com outro tipo de lente do Telescópio James Webb. Xinhua/Nasa/ESA/CSA/STScI

Imagem da nebulosa do Anel do Sul (NGC 3132), resultado da morte de uma estrela binária na Via Láctea; as duas fotos foram feitas com filtros diferentes do James Webb: luz infravermelha próxima (esq.) e luz infravermelha média (dir.). Xinhua/Nasa/ESA/CSA/STScI

Nebulosa Carina, um grande berçário estelar a cerca de 7.600 anos-luz da Terra. Comparação entre as imagens dos telescópios Hubble (acima) e James Webb (abaixo). Nasa/

Imagem mais aproximada da nebulosa Carina, também comparando as fotos dos telescópios Hubble (à esq.) e James Webb (à dir.). O nível de definição na imagem do Webb relevou estruturas que os astrônomos nem sabem ainda explicar o que são. Nasa/

Imagem feita pelo James Webb da galáxia mais antiga já observada; segundo os astrônomos, a GLASS-z13 data de apenas 300 milhões de anos depois do Big Bang. AFP/Gabriel Brammer/Cosmic Dawn Center/Niels Bohr Institute/Univ. de Copenhagen

Imagem mais aberta mostra a GLASS-z13 (ponto vermelho), a galáxia mais antiga já observada pelo homem; ela é 100 milhões de anos mais nova do que o registro anterior. AFP/Gabriel Brammer/Cosmic Dawn Center/Niels Bohr Institute/Univ. de Copenhagen

Foto de Júpiter com sua lua Europa à esquerda, vistos pela lente do telescópio James Webb que capta luz infravermelha. Nasa/ESA/CSA/B. Holler e J. Stansberry (STScI)/

Nesta imagem de Júpiter, feita com outra lente do James Webb, é possível observar seus anéis e duas luas pequenas: Amalthea (à esq.) e Adrastea. AFP/Nasa

"A incrível sensibilidade do Webb tornou possível ver este objeto de aproximadamente cem metros a uma distância de mais de 100 milhões de quilômetros", destacou Muller.

O Webb, que opera desde julho, é o telescópio espacial mais poderoso já construído e registrou uma grande quantidade de dados sem precedentes, além de imagens impressionantes.

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