Módulo lunar Peregrine se desintegrará na atmosfera terrestre nesta quinta (18)
Empresa Astrobotic afirma não acreditar que o retorno do dispositivo represente qualquer risco para a segurança
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O módulo lunar americano que não conseguiu chegar à Lua devido a um vazamento de combustível durante o voo acabará se desintegrando na atmosfera terrestre nesta quinta-feira (18).
A startup Astrobotic, que desenvolveu o dispositivo, posicionou o módulo de pouso "para uma reentrada controlada" sobre as águas do Pacífico Sul, informou a empresa no X (antigo Twitter).
Segundo a Nasa, a reentrada na atmosfera terrestre —que resultaria em uma provável desintegração— era esperada às 18h (no horário de Brasília). A agência americana e a Astrobotic agendaram, para sexta-feira (19), uma coletiva de imprensa para passar mais informações sobre o fim da missão.
Chamado Peregrine, o módulo estava a cerca de 48 mil quilômetros da Terra nesta manhã, acrescentou a empresa, que publicou uma foto tirada do dispositivo, mostrando o planeta à distância.
O Peregrine decolou no início da semana passada da Flórida, mas rapidamente foi detectado um vazamento de combustível que impediu seu pouso. No entanto, seguiu operando no espaço, reunindo dados de voo úteis para uma futura tentativa e até mesmo permitindo experimentos a bordo.
A empresa se viu obrigada a avaliar como finalizar a missão levando em consideração as incertezas relacionadas ao vazamento e sem gerar problemas para os satélites em órbita terrestres ou detritos em órbita lunar.
Neste fim de semana, anunciou que havia tomado "a difícil decisão" de manter uma trajetória que conduziria o módulo de volta para a Terra.
"Não acreditamos que o retorno do Peregrine represente nenhum risco para a segurança e a nave queimará na atmosfera da Terra", disse a empresa.
O que tinha a bordo
A missão transportava 21 cargas úteis de sete países, vindas de agências espaciais, empresas e universidades, mas sua maior cliente era a Nasa, que embarcou seis instrumentos científicos no Peregrine.
A sonda transportava cinzas de ao menos 69 pessoas, entre as quais de Gene Roddenberry, criador de "Star Trek", e das atrizes da série Majel Roddenberry e Nichelle Nichols.
A presença das cinzas que iriam para a Lua causou desagrado na Terra. A Nação Navajo, a maior tribo indígena dos EUA, expressou sua preocupação pela presença de restos humanos cremados na nave, classificando a missão como uma "profanação" da Lua, que é um astro sagrado para essa cultura.
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