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Nasa adia missões Artemis para enviar astronautas à Lua

Viagem à orbita do satélite passa para 2025 e tentativa de pouso, para 2026

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Reuters

Com parceiros enfrentando desafios para o desenvolvimento de espaçonaves, a Nasa anunciou nesta terça-feira (9) a mudança das datas das próximas duas missões com astronautas à Lua.

Ambas foram adiadas quase um ano para dar mais tempo às equipes da Artemis para trabalharem, segundo o administrador da agência espacial americana, Bill Nelson.

A nova programação "reconhece os desafios reais de desenvolvimento que foram enfrentados por nossos parceiros da indústria", acrescentou Amit Kshatriya, chefe da estratégia de exploração da Lua e de Marte.

A Artemis 2, antes planejada para o final deste ano, ficou para setembro de 2025. Ela prevê um voo na cápsula Orion, construída pela Lockheed, ao redor da satélite.

Câmera acplodada na Orion faz registro da Lua no sexto dia da missão Artemis 1, em 2022 - Nasa

A missão tripulada deve ser comandada por Reid Wiseman, engenheiro de sistemas e piloto de provas, e ter como piloto Victor Glover, engenheiro de sistemas. Os outros dois tripulantes são a engenheira elétrica Christina Koch e o mestrando em física Jeremy Hansen, o único canadense —os demais são americanos.

Essa deve ser a primeira vez que quatro pessoas voam para o satélite. Nas missões do programa Apollo, a havia três.

A Artemis 3, por sua vez, passou de final de 2025 para setembro de 2026. Nesta, o objetivo é fazer uma alunissagem no polo sul.

Após o pouso, a primeira missão da tripulação será checar se todos os sistemas estão adequados para a permanência no solo lunar. Caso esteja tudo funcionando, o grupo terá algumas horas para comer e descansar antes de iniciar uma série de experimentos.

Durante as caminhadas no satélite, estão previstas captação de fotos e vídeos, pesquisa geológica e coleta de amostras.

Caminho até a Lua

A jornada dos astronautas até a Lua envolverá mais de uma espaçonave. A ideia é deixar a Terra a bordo da Orion e, já no espaço, transferir-se para o Starship, da SpaceX, para ir e voltar da superfície lunar.

Problemas e investigações em torno do escudo térmico da Orion, a estrutura que protege os astronautas do calor ao reentrar na atmosfera terrestre, e as baterias e o sistema elétrico da espaçonave estão entre as razões para os atrasos, segundo Kshatriya.

A cápsula foi lançada ao espaço pela primeira vez em 2022 na missão não tripulada Artemis 1, que também marcou a estreia do poderoso foguete Space Launch System (SLS).

A SpaceX, embora tenha feito dois testes do Starship, ainda enfrenta uma longa lista de tarefas antes que a nave possa levar astronautas à Lua. Ela precisa demonstrar que pode acoplar e reabastecê-la em órbita.

Os atrasos no Starship têm efeitos em cadeia, pois o contratante dos trajes espaciais precisa saber como eles se comportam na espaçonave, e é necessário construir simuladores para que os astronautas aprendam a operar seus sistemas.

A Nasa também pretende construir uma estação espacial lunar chamada Gateway, que abrigará espaçonaves em missões posteriores.

Inicialmente, o envio dos primeiros componentes da estação estava marcado para outubro de 2025, mas a programação está sendo revista.

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