Siga a folha

Jornalista, atuou como repórter e editor. É autor de "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro".

Dois bicudos que se beijam

Amor de Wilson Witzel e Marcelo Crivella nasce do interesse eleitoral

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Wilson Witzel (PSC) e Marcelo Crivella (PRB) eram dois bicudos, mas agora se beijam. O amor entre eles é o mais puro que existe: nasceu de interesses eleitorais.

Em sua obsessão pela Presidência —já fez questão de avisar a Bolsonaro que pretende sucedê-lo—, o governador quer, para a campanha de 2022, o apoio do ex-bispo, ou seja, que lhe seja facilitado o voto evangélico. Forte candidato a pior prefeito do Rio, Crivella sonha com a reeleição para que possa entrar para a história sem sombra de dúvida. Mesmo contrariado, teve de aceitar a corte do ex-juiz que pensa e age como o Rambo —a diferença é que este usava uma bandana e Witzel é mais chegado numa faixa.

Como dote de noivado, Crivella ofereceu o Sambódromo a Witzel —que já especula um show na Praça da Apoteose com Pateta, Mickey e Tio Patinhas. Ao se livrar das obrigações carnavalescas, o prefeito ganhou em troca a promessa de um choque de ordem na cidade que abandonou desde o primeiro dia no cargo. É tática antiga: em temporada eleitoral, tentar fazer alguma coisa para chamar a atenção.

A polícia de Witzel vai atuar na remoção de camelôs, desarmamento de moradores de rua e internação forçada de dependentes químicos. E passar um pente fino nas praias, reprimindo o "feirão da maconha". Esta última ação também faz parte da plataforma de Rodrigo Amorim (PSL), candidato do bolsonarismo à prefeitura, que se sente como um namorado traído. Afinal, foi ao lado de Witzel que ele rasgou a placa em homenagem à Marielle Franco —até agora sua maior realização administrativa.

Do outro lado do espectro político, há as propostas de Benedita da Silva (PT) e de Marcelo Freixo (PSOL), que não se entendem na hora de compor uma chapa única. Não nos esqueçamos do ex, Eduardo Paes (DEM), à espreita dos movimentos. Diante de tantas opções, cariocas erguem os braços para o céu e agradecem.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas