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Jornalista, foi repórter da Sucursal de Brasília. É mestre em ciência política pela Universidade Columbia (EUA).

Negociação de alianças abre campanha paralela por comando do Congresso

Articulações envolvendo Lula e Bolsonaro incluem cálculos para presidências da Câmara e do Senado

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As articulações da corrida presidencial deram início a uma campanha paralela para definir o comando do Congresso a partir de 2023. A negociação de alianças envolvendo Lula e Jair Bolsonaro passou a incluir cálculos dos partidos interessados em ocupar as presidências da Câmara e do Senado num futuro governo.

Nas últimas semanas, os petistas voltaram a investir no apoio do PSD a Lula já no primeiro turno. Aliados do ex-presidente indicam que, em troca, podem oferecer à sigla um patrocínio à reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na chefia do Senado.

O acordo interessa a Pacheco, que foi lançado ao Planalto, mas aparece com apenas 1% nas pesquisas. O PT ganharia mais: ampliaria a sua aliança eleitoral e agregaria um partido à base de Lula em caso de vitória.

O movimento antecipa uma disputa nos bastidores. Renan Calheiros (MDB-AL) é um simpatizante declarado do ex-presidente e tem interesse em voltar ao comando do Senado. O emedebista esteve com Lula na segunda (31) e tenta fazer com que seu partido declare apoio ao petista.

O ex-presidente Lula é recebido pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) durante caravana pelo Nordeste em 2017 - Marlene Bergamo/Folhapress

O comando da Câmara também aparece na matemática dos partidos. A inédita formação de federações pode dar origem a superbancadas que vão influenciar a escolha do próximo presidente da Casa. O interesse do PT numa união com outras legendas de esquerda tem o objetivo de criar uma base alternativa ao centrão na disputa por esse posto.

A ideia é reduzir o espaço de Arthur Lira (PP-AL). O atual presidente da Câmara tem sua reeleição praticamente garantida em caso de vitória de Bolsonaro, mas também será um candidato competitivo se Lula vencer –graças a uma habilidosa política interna feita com a distribuição de verbas do governo.

Num segundo mandato de Bolsonaro, não há dúvidas de que o centrão continuaria dando todas as cartas. Além da Câmara, o grupo ainda ganharia peso na disputa pelo comando do Senado. Operador da campanha para reerguer o presidente na disputa, Ciro Nogueira (PP-PI) é o nome que desponta nessa corrida.

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