Siga a folha

Jornalista, foi repórter da Sucursal de Brasília. É mestre em ciência política pela Universidade Columbia (EUA).

Reabertura do STF vira lançamento de consórcio para punir golpistas

Autoridades dos três Poderes desenham aliança para manter responsabilização por ataques

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Mais que um esperado ato simbólico em defesa da democracia, a cerimônia de reabertura do STF foi usada para o lançamento de um consórcio. Representantes do tribunal, do governo, do Congresso e do Ministério Público apresentaram no plenário reconstruído um compromisso continuado de combate ao golpismo.

As autoridades que discursaram na corte escolheram ir além da condenação às invasões de 8 de janeiro. A intenção era demonstrar que há uma aliança institucional para aplicar punições a um amplo grupo de responsáveis pelos ataques.

Rosa Weber indicou a manutenção de um processo que deve ir além daqueles envolvidos diretamente na depredação das sedes dos três Poderes. A presidente do Supremo apontou a necessidade de punir com o rigor da lei "os que a conceberam, os que a praticaram, os que a insuflaram e os que a financiaram".

A mensagem reforçou a disposição do tribunal de responsabilizar também agentes políticos que alimentaram o caldo golpista. No grupo dos que "a insuflaram", dificilmente seria possível livrar o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

Lula fez questão de emprestar um apoio institucional a essa investida. Registrou apreço pelo que chamou de "decisões corajosas e absolutamente necessárias" do STF (incluindo também as mais controversas) e falou num esforço conjunto para evitar "um milímetro de recuo" na estabilidade da democracia.

Mesmo o comedido presidente do Congresso, ainda antes de garantir sua reeleição, aderiu ao grupo. Rodrigo Pacheco disse que o ataque não será esquecido e "produzirá consequências severas aos responsáveis".

A produção de resultados concretos vai depender de uma ação permanente, sem concessões a pressões por acordões e anistias. Por enquanto, nem o improvidente procurador-geral da República teve coragem de sugerir esse caminho. Augusto Aras elencou centenas de denúncias apresentadas contra os golpistas e ainda se explicou pela própria omissão nos últimos anos.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas