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Tarifação rodoviária

Orçamento para defesa deveria ser reduzido e serviços públicos, privatizados

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Quando uma defensora do estatismo quer te convencer que uma presença maior do governo é uma coisa boa, ela apresenta dois argumentos infalíveis. Nenhum dos dois funciona.

Tanque leve da Marinha brasileira durante desfile do 7 de Setembro de 2021, em Brasília - Pedro Ladeira - 10.ago.21/Folhapress

O primeiro é a "defesa". Até 1947 nós, americanos, o chamávamos mais honestamente de Departamento de Guerra. Em meu país e no seu, "defesa" é um mito. Canadá e Paraguai não vão nos invadir. Pelo contrário, foram os EUA em seus primórdios que invadiram o Canadá, em nossa Guerra de 1812, sem surtir efeito. O Paraguai tentou isso estupidamente na Guerra do Paraguai, invadindo o Mato Grosso em 1864 para deslanchar o conflito. A guerra terminou com 1870 com a derrota total e a morte de boa parte da população paraguaia.

As Forças Armadas brasileiras, com 1,5% do PIB, e as dos Estados Unidos, com 3,5%, são grotescamente grandes demais para a tarefa modesta de nos defender contra uma invasão ou mesmo de desencorajar ameaças nucleares. E, se o Paraguai voltasse a invadir o Mato Grosso, me pergunto como ficaria.

Observe que as Forças Armadas russas, sem experiência concreta desde que foram derrotadas no Afeganistão em 1989, estão se mostrando fajutas. Seus soldados fogem da luta e seus pneus esvaziam. Os militares argentinos, entre 1976 e 1983, demonstraram ter jeito para jogar pessoas de aviões, do mesmo modo que os militares russos são hábeis em jogar bombas em playgrounds e hospitais. Mas mostraram que não são bons em combater os britânicos ou os ucranianos.

Vocês, brasileiros, sabem para quê as Forças Armadas foram usadas de fato entre 1964 e 1985. Tanto no caso do Brasil quanto da Argentina, os Estados Unidos apoiaram os generais. O conselho que dou a meu país e ao seu: reduzam o orçamento de "defesa". E apoiem unicamente regimes liberais.

O outro argumento infalível são os serviços públicos como os correios, a educação e as rodovias. É verdade que o estado se encarrega deles hoje. Mas todos poderiam ser oferecidos com qualidade melhor se fossem privatizados.

Com um transponder barato em cada veículo, por exemplo, as estradas poderiam ser privatizadas para fins lucrativos. A tarifação reduziria os congestionamentos de maneira ótima. O ensino fundamental deve ser pago por impostos cobrados de você e de mim. Mas isso não quer dizer que o estado deva ser responsável pelo ensino. O serviço dos correios funciona melhor quando privatizado. Se você quer subsidiar brasileiros em locais remotos, faça-o diretamente, não sustentando os Correios para todos.

E assim por diante. Moral da história? O fato de o Estado estar grande hoje não constitui argumento para mantê-lo assim.

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