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Planejamento industrial é imprudente

O tempo e o acaso dominam todos os planos nacionais em que o Estado escolhe os vencedores

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Planejar é bom. Você planeja seu dia, seu mês, um período da sua vida. Os adultos fazem isso. As crianças não.

É simplesmente prudente planejar a conclusão daquele relatório até quinta-feira, estudar para o exame no fim do mês, casar por amor até que a morte nos separe.

É claro que os planos nem sempre dão certo. O futuro é imprevisível. Sem dúvida, o sol nascerá amanhã. Você pode planejar com base nisso. Mas o relatório de quinta-feira pode encontrar um obstáculo. Você pode não conseguir a nota máxima no exame como tinha planejado.

Por mais que você se esforce para realizar o plano, como diz o estranho livrinho da Bíblia hebraica, Eclesiastes, "... não é dos ligeiros o prêmio... nem ainda dos prudentes, a riqueza...; porém tudo depende do tempo e do acaso".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o prefeito de Belford Roxo Waguinho, durante anúncio de investimento na saúde e na educação, no estado do Rio de Janeiro - Eduardo Anizelli/Folhapress

Esse é um dos motivos pelos quais o plano de Lula de implementar um enorme programa industrial parece um enorme erro. Parece prudente. Vamos depositar o futuro do Brasil. Ha, ha. O tempo e o acaso dominam todos os planos nacionais em que o Estado escolhe os vencedores.

Isso aconteceu pela primeira vez em 1956, levando a inflação a 90%. Outro motivo pelo qual a analogia com seu planejamento individual é um erro enorme é que você sabe o que quer alcançar e, especialmente, como adulto, tem uma boa noção de como fazer isso. Coloque o carro em movimento às 9h, recolha às 16h30.

Um país não sabe o que quer, porque não é uma "coisa". O Brasil, visto como uma sociedade livre e não um formigueiro, são 214 milhões de pessoas individuais, com bilhões de planos para hoje,
para a vida.

Por exemplo, Maria Alice planeja abrir uma lojinha para vender pão de queijo. Sua tia teve uma dessas, e Maria Alice trabalhou lá quando adolescente depois das aulas. Ela sabe escolher um vencedor. Brasília não sabe.

E Maria Alice suporta o risco se ela planejar mal, ou se não trabalhar eficazmente, ou se o tempo e a oportunidade lhe falharem.

É outro motivo pelo qual o "planejamento" não faz sentido quando conduzido por Brasília. Lula e Rousseff não ficaram famosos pela administração honesta do dinheiro público.

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