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Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".

A briga pela bala e a veterana defensora das armas

Quem está interessado na abertura do mercado para os fabricantes internacionais?

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A Taurus aborreceu-se com a decisão do Exército de propor a suspensão definitiva da exigência de fiscalização para a importação de armas e munições. A barreira seria substituída pela certificação internacional dos produtos.

Em 2021, Bolsonaro recebe do CEO global da Taurus, Salesio Nuhs, protótipo de arma com peças de grafeno, em evento em Caxias do Sul (RS) - Divulgação - 9.jul.2021/Taurus

Veterana defensora da venda de armas, a Taurus celebrizou-se em 1999, quando seu presidente Carlos Alberto Murgel explicou: "Não é o revólver, a faca ou o porrete que comete assassinato, que mata, que agride. São as pessoas que fazem isso".

De lá para cá o governo brasileiro passou a estimular a posse de armas e o mercado nacional tornou-se mais atrativo.

Com várias fábricas e uma montadora nos Estados Unidos, onde ela se tornou uma empresa poderosa, a Taurus exporta a maior parte de sua produção.

O afrouxamento da fiscalização para a importação de armas atrairá mais fornecedores para o mercado brasileiro.

Diante desse risco, a indústria advertiu: a nova regra "incentiva empresas como a Taurus, que possuem fábrica no exterior, a reduzirem os investimentos no Brasil, passando a produzir mais unidades no exterior e exportarem para o Brasil, já que essa falta de isonomia cria custos que tiram a competitividade da indústria nacional".

Nos últimos 50 anos, esse tem sido o argumento de todas as indústrias para fechar o mercado nacional.

Como agora as armas caíram na roda, o debate seria enriquecido se algum interessado colocar no pano verde uma nova vertente:

Quem está interessado na abertura do mercado brasileiro para os fabricantes internacionais de armas?

Talvez algum conhecedor do mercado saiba, pois até 2018 a turma da bala parecia formar um sólido bloco.

Afinal, como disse Carlos Alberto Murgel na defesa das armas, não são as canetas que fazem as normas: "São as pessoas que fazem isso".

Eremildo, o idiota

Eremildo é um idiota e tem um fraco por bandidos desde o milênio passado, quando o assaltante Lúcio Flávio ensinou que "bandido é bandido e polícia é polícia".

Com tantos maganos prometendo combater a corrupção, o cretino acha que deveria ser organizada alguma homenagem aos assaltantes que levaram o carro da senhora Rosyneide Cordeiro, em Cariacica (ES), há uma semana.

Ela estava com suas duas crianças e os bandidos mandaram que saíssem do veículo, levando-o.

No carro estava a cadeirinha especial do menino Kauã, de 4 anos, avaliada em R$ 17 mil. Dois dias depois, o carro foi devolvido, com um bilhete:

"O crime pede perdão. Na hora da tensão, não deu para ver o problema da criança. E o carro está sendo devolvido".

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