Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".
As coisas vão mal no ministério de Lewandowski
Ministro anuncia mais um grande plano em meio a desorganização da pasta
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O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou mais um grande plano para a segurança pública. Mais um.
Para quem acompanha o funcionamento de sua pasta, faria melhor se organizasse sua tropa. Lá, as coisas vão mal, começando pela desordem das agendas, que submetem visitantes (até ilustres) a constrangedores chás de cadeira.
Os hierarcas de Brasília acham que mandam. Deveriam guardar na memória um acontecimento de 1966. Num choque do presidente Castelo Branco com Adauto Lúcio Cardoso, presidente da Câmara dos Deputados, o marechal resolveu fechá-la.
Para esvaziar o prédio, decidiram cortar-lhe a energia. À hora em que a luz seria cortada, pelo menos dois poderosos foram para a janela do Planalto para ver a cena.
Apagaram-se as luzes do Planalto.
Bolsonaro imutável
Jair Bolsonaro não muda. Descobriu uma maneira de implicar com a senadora Tereza Cristina a partir de uma questão municipal de Campo Grande (MS).
Buscetta e Pasquino
No século passado a temida polícia do delegado Sérgio Fleury interrogou o mafioso italiano Tommaso Buscetta à sua maneira e dele nada arrancou. Isso se deveu em parte à omertà do mafioso e também ao fato de que ele não operava com a bandidagem brasileira.
Anos depois, Buscetta fez acordos com o Ministério Público italiano e com a polícia americana, detonando a Máfia.
O caso de Vincenzo Pasquino é inverso, o mafioso tinha conexões e negócios com as quadrilhas do Primeiro Comando da Capital e do Comando Vermelho.
Se a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal se organizarem direito, ele poderá entregar as conexões do crime organizado brasileiro com pedaços do andar de cima.
Em tempo, assim como fizeram no caso da vereadora Marielle Franco, os maganos já estão trabalhando para embaralhar as investigações.
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