Siga a folha

Roteirista. Escreve para programas e séries da Rede Globo.

Descrição de chapéu

Primeira-dama reaparece em evento tão vazio quanto a cabeça da plateia

Ela poderia visitar populações desabrigadas pelas chuvas, mas a única coisa que tem feito é orar

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

A primeira-dama Michelle Bolsonaro, que se negava a participar da campanha do marido, finalmente deu as caras no evento que oficializou a candidatura de Bolsonaro à reeleição. Ela deve ter entendido que é a única esperança de convencer as mulheres a votarem no capitão, que tem apenas 24% das intenções de votos femininos.

Ao som do jingle da nova campanha, cujo refrão é "capitão do povo defende a família, não vai te enganar" (o que não deixa de ser verdade, já que o presidente defende a própria família), Michelle discursou em um tom pastoral, o que deixou o evento mais com cara de culto do que campanha política.

Ilustração publicada em 28 de julho de 2022 - Folhapress

Em um Maracanãzinho tão vazio quanto a cabeça da plateia, ela abriu seu discurso falando da facada no marido. Como ele não fez nada relevante nos últimos quatro anos, é o que ela apela para tentar atrair o rebanho desgarrado.

A primeira-dama continuou dizendo que Deus tem promessas para o Brasil e apontou para seu joelho, dizendo "enquanto existir esse joelhinho, as promessas irão se cumprir". Ela poderia visitar populações desabrigadas pelas chuvas, florestas dizimadas, auxiliando mulheres que não conseguem dar todas as refeições aos filhos. Mas a única coisa que tem feito é orar.

Michelle confessou que o presidente passa a noite assistindo, pelo celular, a Paulinho Gogó e Matheus Ceará. E a gente pensando que ele passava a noite pensando nos milhares de mortes por Covid devido ao seu boicote à vacinação, ou em como tirar o país desse atoleiro. Mas não, ele está rindo com "A Praça É Nossa".

Segundo a primeira-dama, a reeleição vai curar o Brasil. Alguém daquela plateia defasada deve ter pensado como o presidente pretende fazer isso nos próximos quatro anos se, nos últimos, só deixou o país mais doente, em todos os sentidos.


Por último, ela defendeu o marido das acusações de que "não gosta de mulheres", dizendo que ele levou água para as mães do Nordeste. Vale lembrar que a transposição do rio São Francisco foi iniciada no governo Lula e concluída antes da posse do capitão.

Mas, segundo a primeira-dama, "não queremos nos promover, queremos fazer". Ela faz exatamente o contrário, já que se promove às custas de obras alheias e a única coisa que faz é machucar o "joelhinho" orando. Ou seja, absolutamente nada.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas