Roteirista. Escreve para programas e séries da Rede Globo.
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O influenciador, empresário e fisiculturista Renato Cariani foi apontado como suspeito de organização criminosa.
Segundo a Polícia Federal, ele atuava no desvio de produtos químicos para a produção e refino de crack e cocaína e teria desviado 12 toneladas de produtos para a produção de entorpecentes.
Em suas redes sociais, Cariani dava dicas de boa forma e de como ficar milionário rapidamente. Mas a companhia Anidrol, que ele exibia com orgulho, era apenas fachada para emitir notas fiscais falsas e vender matéria-prima para a produção de drogas.
Na tradução para o "marombês", linguagem dos seguidores de Cariani, o dinheiro de atividade ilegal tomava um Whey sabor empresa laranja, passava por uma dieta detox, em que ele era lavado e saía limpo, pronto para ser usado novamente.
Surpreende a polícia ter demorado tanto para investigá-lo. Ele sempre deu sinais de que sua fortuna só poderia ser resultado de atividade ilegal.
Como ninguém suspeitou de um sujeito que se declara atleta, professor de química e educação física, empresário, youtuber, pai, avô, dono de cinco empresas e bilionário que está em boa forma? Se fosse empreendedor comum, no mínimo estaria acima do peso, insone, cardíaco e com burnout.
Em entrevista para o coach de investimentos Primo Rico (que seria como um careca dar entrevista sobre tônico capilar), o influencer afirmou ter conquistado seu primeiro milhão aos 27 anos. Todo mundo sabe que, no Brasil, é impossível ficar milionário de uma hora para outra, a não ser que seja herdeiro.
O fisiculturista também tocava um projeto que ajudava famosos como Danilo Gentili, o cantor MC Daniell e o apresentador do podcast "Flow" Igor 3K a ganharem músculos. Só de ver a forma dos seus clientes já se percebe que os produtos não funcionam.
No fim, a verdadeira receita para se "manter no shape", como ele dizia em seus vídeos, era usar os seus produtos ilegais e correr da polícia.
Erramos: o texto foi alterado
Versão anterior desta coluna afirmava incorretamente que a Supley seria empresa "de fachada" e teria emitido notas frias para Renato Cariani. A empresa sob suspeita é a Anidrol. A Supley não é citada na investigação da Polícia Federal.
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