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Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

Com trio APP, São Paulo escala um ataque que pode fazer história

Antony, Pablo e Pato são capazes de fazer o clube reencontrar a modernidade

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Antony, Pablo e Pato. Eis um trio atacante para fazer o São Paulo reencontrar a modernidade.

Sem comparações, porque a rara leitora e o raro leitor, maliciosos, devem estar pensando no trio catalão MSN, Messi, Suárez e Neymar.

Os mais vividos ainda se lembrarão do PPP de Pagão, Pelé e Pepe, melhor até que o do Barcelona pelo fato de ter o Rei para desequilibrar.

Alexandre Pato em ação contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte, pelo Campeonato Brasileiro - Washington Alves/Reuters

O Brasileiro recomeça em grande estilo com São Paulo x Palmeiras, neste sábado (13), no Morumbi com preços acessíveis –pena que às 19h em pleno inverno paulistano, quando deveria ser às 16h, o que seria esperar demais de quem nunca sentiu o vento gélido das arquibancadas do estádio.

O chamado Choque-Rei é apenas mais um clássico para o líder Palmeiras e decisivo para o tricolor, a chance para mostrar que é, ao menos, candidato à vaga na Libertadores.

Derrubar o invicto alviverde renovaria esperanças de protagonismo e para tanto a curiosidade em torno da primeira vez do trio de ataque justifica a presença do torcedor.

Ainda mais porque contra a defesa menos vazada do campeonato, apenas duas vezes em nove jogos.

A verticalidade de Antony e sua facilidade em driblar somadas à movimentação de Pablo e Pato, dois atacantes que não guardam posição, são ingredientes para animar Cuca e preocupar Felipão.

O Profeta e seu APP como se comportarão depois do bom tempo que tiveram para treinar e deixar o físico em dia?

Porque Hernanes é outro jogador que pode fazer a diferença se voltar a ser aquele que todos já viram com a camisa do único clube tricampeão mundial brasileiro, hoje vivendo jejum cruel, às portas do desespero caso perca novamente para o rival, o que seria, nas estatísticas do São Paulo, a 109ª derrota contra 108 vitórias e 104 empates.

Sim, estão empatados em 320 jogos desde 1930, data que o Palmeiras, em sua Porcopédia, não respeita como fundação do São Paulo, além de acrescentar nas estatísticas os embates em torneios início, esquisitices de quem quer contar a história ao seu bel-prazer, como é sistemático pelos lados de Parque Antártica.

Com apenas uma competição para disputar, a hora do São Paulo é agora.

MSN de volta?

Neymar parece próximo de sair pelas portas dos fundos de um clube pela terceira vez na mesma década, a exemplo do que fez na Vila Belmiro, no Camp Nou e faz agora no Parque dos Príncipes, onde não só ficou longe de reinar como foi brutal fiasco.

Nosso Peter Pan é incorrigível e poderoso, em vias de chutar o orgulho catalão a escanteio porque incompreensível é ver o Barcelona curvar-se diante de quem lhe chutou o traseiro.

Mensagem mais clara é impossível: vivemos o mundo em que os fins justificam os meios e no qual a falta de caráter faz escola.

Ou você acha que o Santos não o aceitaria mesmo depois depois de tê-lo visto assinar contrato com o Barça ainda antes da decisão do Mundial de Clubes em 2011?

Chega de estupidez

A perda de João Gilberto, "Uma vida dedicada a aperfeiçoar a perfeição", na magnífica definição de Ruy Castro, só não é irreparável porque a convivência com sua arte será eterna.

Tão grande é o baiano de Juazeiro que ao morrer não deixou saudade no tosco ex-capitão que infelicita 2/3 do país, capaz de tratá-lo com a indiferença típica dos estúpidos.

Por aqui, tristeza não tem fim, felicidade sim.

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