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Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

Descrição de chapéu Seleção Brasileira

Sexta-feira será repleta de novidades para o time da CBF nas Eliminatórias

Sem torcida, seleção brasileira enfrentará a Bolívia na casa do Corinthians

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Será a primeira vez da seleção brasileira sem torcida.

O que deve aumentar a audiência da Rede Globo, mesmo que o jogo contra a Bolívia não pareça estar comovendo ninguém.

Seja como for, quem vir o jogo pela TV aberta estranhará a ausência da voz da seleção. Prudentemente resguardado em sua casa, em Londrina, Galvão Bueno, 70, do grupo de risco, será substituído por Luís Roberto.

Casemiro chuta bola durante treino da seleção brasileira na Granja Comary - Lucas Figueiredo/CBF

Não é a primeira ausência de Galvão em jogos do Brasil. No ano passado, ele não narrou o jogo contra os peruanos em Los Angeles porque estava gripado.

Atenção, Tite: Galvão faltou e a seleção perdeu para o Peru por 1 a 0.

A Bolívia, superstições à parte, foi a primeira seleção a vencer a brasileira em Eliminatórias, mas na altitude de La Paz, em 1993.

Taffarel sairia como herói do jogo ao defender um pênalti aos 35 minutos do segundo tempo. Mas, sete minutos depois, fez gol contra, o time já estava no bagaço e levou mais um.

Nada faz supor que nesta sexta-feira (9), em Itaquera, a seleção comece mal sua caminhada para a Copa no Qatar.

Faz pouco mais de um ano, pela Copa América, no Morumbi, a vitória veio fácil por 3 a 0.

Nas Eliminatórias para a Copa da Rússia, em 2017, foi 0 a 0 na capital boliviana e 5 a 0 no estádio da Dunas, o elefante branco potiguar de Natal.

Mas, na classificação para a Copa da África do Sul, de 2010, o Brasil não só perdeu em La Paz por 2 a 1 como apenas empatou no Engenhão, sem gols.

Em 1985 fez pior, também no Morumbi, quando o empate em 1 a 1 levou o time dirigido por Telê Santana a ser vaiado impiedosamente por 90 mil pessoas. E olhe que o time era bom: Carlos, Édson, Oscar, Edinho, Júnior, Toninho Cerezo, Sócrates, Zico, Renato Gaúcho, Careca, Éder.

Em 30 jogos, o Brasil marcou 99 gols e sofreu 25,com cinco derrotas, quatro empates e 21 vitórias.

Será preciso ser muito otimista para esperar grande atuação de Neymar e companhia nestes tempos esquisitos de pandemia.

Certeza apenas a de que não haverá vaias e, também, a de que o episódio de levar a polícia para caçar drone da imprensa se inscreve como dos mais ridículos já vividos pelo pessoal da CBF, embora dentro dos padrões bolsominions que nos assola.

Com as medidas de segurança devido ao coronavírus, os jornalistas não puderam presenciar o treino na Granja Comary, em Teresópolis, e a equipe do jornal O Estado de S.Paulo, em busca de imagens com um drone devidamente regular, foi abordada pelo assessor de imprensa da CBF, Vinicius Rodrigues, um bom rapaz, que levou dois policiais para intimidar os jornalistas.

Será por temor dos bolivianos? Fosse o jogo contra a Venezuela ou Cuba seria compreensível, mas contra a Bolívia, já devidamente golpeada com o impeachment de Evo Morales?

Enfim, que a falta dos torcedores e de Galvão Bueno não impeça uma boa estreia brasileira nestas Eliminatórias excessivamente longas e que deveriam ter sido repensadas para evitar tantas viagens em tempos de Covid-19, com dois grupos de cinco times para classificar os quatro da Conmebol.

Os terceiros disputariam o direito da repescagem.

Erramos: o texto foi alterado

O colunista errou ao escrever que Galvão Bueno não narrou a disputa pelo terceiro lugar da Copa de 2014, entre Holanda e Brasil. Ele trabalhou na partida. Versão anterior da correção também estava errada, já que o texto original não continha equívocos referentes à participação de Galvão na final do Mundial.

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