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Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

Apenas três brasileiros nas quartas da Libertadores está abaixo do esperado

Ao que tudo indica, só Santos, Grêmio e Palmeiras estarão entre os oito melhores da competição

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Eram oito times brasileiros no torneio continental quando a temporada de 2020 começou.

Logo de cara, na chamada pré-Libertadores, o Corinthians ficou vergonhosamente pelo caminho, o que acabou sendo melhor para ele, tamanha a vergonha que passaria na fase de grupos.

Então, já na fase de grupos e em plena Covidadores-2020, o São Paulo decepcionou, embora tivesse River Plate e LDU como companhia. É que saiu apanhando do desconhecido Binacional peruano, daquelas derrotas que nem a altitude justifica, embora a desumanos 3.825 metros acima do nível do mar.

Jogadores do Palmeiras comemoram gol contra o Delfín no Allianz Paruqe - Sebastião Moreira/AFP

Os únicos pontos do time de Juliaca foram obtidos exatamente contra o tricolor, talvez porque com a pandemia tenha sido obrigado a enfrentar argentinos e equatorianos em Lima, onde levou de seis dos primeiros e de 1 a 0 dos segundos.

Sobraram seis times para as oitavas de final e havia a expectativa de, ao menos, quatro sobreviventes nas quartas, a metade dos classificados.

Ao que tudo indica serão só três: Santos e Grêmio, que se matam entre si, e Palmeiras, aparentemente com caminho suave para chegar às semifinais.

Porque o Flamengo de tão sólido se desmanchou no mar carioca e nada indica que o Internacional vá se dar bem na Bombonera, mesmo sem pulsar, com o Boca Juniors, para quem perdeu no Beira-Rio por 1 a 0.

Convenhamos, no caso, três é pouco.

Entre outras razões porque, sem desmerecer as classificações, o trio nacional não pegou adversários poderosos até o momento.

Quem pegou rivais respeitáveis ficou pelo caminho: o Athletico contra o River, o Flamengo diante do Racing e, provavelmente, o Inter no embate com o Boca.

O Palmeiras ao menos tratou de chegar até aqui invicto e goleando, podendo repetir a façanha corintiana de conquistar a taça sem derrotas, mas em 13 e não em 14 jogos devido à final única, no Maracanã —chance histórica para repetir no mesmo palco o feito de 1951, na Taça Rio.

O Santos vinha tão bem como o Palmeiras, conseguiu vitória memorável na altitude de Quito sobre a LDU, mas, na Vila Belmiro, permitiu aos equatorianos a quebra de sua invencibilidade, em atuação lamentável. Será atropelado pelo Grêmio se repeti-la.

O panorama nas quartas permite dizer que os favoritos são: o Grêmio, o Palmeiras, contra o paraguaio Libertad, o River Plate, no duelo com o uruguaio Nacional, e o Boca Juniors no clássico com o Racing.

Do mesmo modo que também temos três argentinos nas quartas, é bem provável que tenhamos a dupla Boca/River contra Grêmio/Palmeiras, com o perdão antecipado tanto aos colorados quanto aos peixeiros —embora saibamos todos, ainda mais a rara leitora e o raro leitor, que em futebol tudo pode acontecer.

Menos o Libertad eliminar o Palmeiras.

Porque o alviverde, apesar dos atropelos de Covid-19 e de lesões cruéis, tem conseguido fazer valer a qualidade e as opções de seu elenco ao entregá-lo, enfim, a um treinador de verdade, o português Abel Ferreira.

O Bolívar é fraco? O Tigre não é de nada? O Delfín é mamão com açúcar? OK!

5 a 0, 5 a 0 e 5 a 0 na casa verde, porque é assim que se deve fazer quando o grande enfrenta pequenos.
Que time brasileiro tem feito assim ultimamente?

O balanço da Covidadores até aqui não pode ser chamado de positivo.

Mas se tivermos uma final entre Palmeiras e Grêmio, no Rio, o balanço final será dos melhores.

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