Ninguém vai para o céu. Nem para o inferno.
Ninguém à exceção de Don Diego Maradona.
Que conheceu o céu e o inferno no único lugar em que existem o céu e o inferno: a Terra.
Em meio às homenagens, lágrimas, a tudo que se disse e escreveu sobre ele nestes dias de tristeza infinita pelo mundo afora, duas frases de dois escritores de primeira, já falecidos, o argentino Roberto Fontanarrosa e o uruguaio Eduardo Galeano, reapareceram definitivas: “Para mim não importa o que Maradona fez da vida dele. Eu me importo com o que ele fez com a minha”, disse o rosarino; “Maradona foi o mais humano dos deuses”, escreveu o montevideano.
Desde que surgiu, em meados dos anos 1970, Maradona nunca mais saiu do noticiário. Com altos, tantos, e baixos, quase não menos.
Assim seguirá em sua trajetória, daqui por diante misturada entre lenda e realidade.
Quem viu, viu. Quem não viu... seguirá vendo.
Quarteto Feliz
Os quatro grandes paulistas se deram bem na 23ª rodada do Covidão-20.
O trio que luta no topo, muito bem: vitórias categóricas de São Paulo, Palmeiras e Santos, não apenas com boa diferença de gols, mas com atuações convincentes.
O São Paulo fez segundo tempo admirável na Fonte Nova e despachou o Bahia por 3 a 1.
O Palmeiras não lhe ficou atrás, durante os 90 minutos, e amassou o Athletico por 3 a 0.
E o Santos deu susto depois de fazer 2 a 0 no Sport ao sofrer o empate ainda no primeiro tempo, mas se impôs na etapa final com indiscutível 4 a 2.
Já o Corinthians, em sua miserável luta para escapar do rebaixamento, ganhou como pôde do Coritiba por 1 a 0 e viu os times contra quem luta permanecerem atrás dele, embora ainda possa ser ultrapassado pelo Ceará e pelo Bragantino que jogam nesta segunda-feira (30), caso derrotem, no Rio, Vasco e Fluminense, o que é improvável. O Corinthians amanhece na décima colocação, cinco pontos à frente do primeiro dos últimos, o Vasco, que tem dois jogos a menos.
Caso o Cruzmaltino se imponha em São Januário sobre o Ceará, a vantagem para o 17º colocado, que passará a ser o Sport, cairá para escassos quatro pontos.
Se os dois rivais da capital têm motivos para festejar, assim como o do litoral, o time do Corinthians, na real, nem tanto.
Pode estar, no máximo, aliviado, momentaneamente feliz.
Cúmplices
Alguém disse que o Corinthians não tem sócios, tem cúmplices. Disse bem.
A eleição para presidente do clube revelou à exaustão a cumplicidade dos eleitores com quem está quase rebaixando novamente o time de futebol, além de tê-lo endividado miseravelmente e prometido pagar o estádio em seis anos, até 2020, prazo agora prorrogado para as calendas de 2039.
Nada indica que a chapa situacionista vencedora, encabeçada por Duílio Monteiro Alves, livrará o Corinthians da farra dos empresários, até porque quem ficou em segundo lugar, Augusto Melo, como linha auxiliar, cobrará espaço na gestão.
O candidato de oposição, Mário Gobbi, comprometido com o fim da farra, tem o consolo de ter lutado a boa luta e deve estar curtindo uma contraditória sensação de alívio, porque, caso vencesse, teria de enfrentar batalha cruel.
Tombamento
Que o espírito público prevaleça sobre o negocial e os membros do Condephaat, na reunião desta segunda-feira, decidam pelo tombamento do complexo esportivo e do ginásio do Ibirapuera.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.