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Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

Como queríamos demonstrar

O Palmeiras toureou, toureou e, num golpe só, ganhou o Dérbi como era de se prever

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A coluna, que ameaçou não voltar nesta segunda-feira, aqui está, resignada, e disposta a conversar.

O Dérbi nada mais fez do que confirmar a expectativa mesmo sem grande apresentação do líder do Campeonato Brasileiro.

Jogou para o gasto, se defendeu com firmeza em nova excelente atuação do capitão Gustavo Gómez, sentiu falta da magia de Gustavo Scarpa, e ganhou o jogo como tem feito ultimamente quando enfrenta o Corinthians, pela terceira vez só nesta temporada. Com gol de Roni, o com i, porque o com y já tinha saído para dar lugar a Wesley.

Sim, o Roni alvinegro marcou contra, embora se ele não tocasse para o fundo da rede certamente López o faria no passe de Piquerez para estabelecer o 1 a 0 definitivo.

Vitória da paciência, da força mental, da confiança, sobre o rival onde tudo isso anda em falta, mesmo que abnegação não tenha faltado.

Cássio não fez defesa alguma e Weverton teve de fazê-las, mas bastou uma estocada para derrubar os donos de Itaquera, derrotados pela primeira vez em casa no campeonato.

Já o Palmeiras, como se sabe, segue sem perder como visitante, além de ter aumentado para quatro jogos a vantagem na história do confronto — 133 vitórias a 129, com 112 empates.

E a coluna, que evidentemente brincou ao ameaçar faltar nesta segunda-feira, parece ter sido infeliz ao brincar também com a chatice do torcedor vencedor, qualquer torcedor, pois o país anda tão mal-humorado que até elogio vira ofensa —por mais que os corintianos, obviamente, tenham sido citados como igualmente chatos quando estão por cima.

Tomara que capitães como o paraguaio Gómez sigam prevalecendo e os de maus bofes desapareçam da cena nacional, para que possamos voltar a tratar o futebol como paixão, em vez de válvula de escape para ódios e ressentimentos. Ou para leituras enviesadas.

Aliás, outro paraguaio, o zagueiro Balbuena, apelidado General, fez belíssimo jogo pelo lado alvinegro e nada contra o apelido de militar, desde que capitães e generais não se intrometam onde não lhes cabe, como um dia fez, e por quase 35 anos, o general Alfredo Stroessner, compatriota deles.

Enfim, como na coluna dominical quisemos demonstrar, a equação do Dérbi teve a solução prevista, porque se o futebol permite frequentemente ao pior vencer o melhor, na maior parte das vezes quem é superior prevalece.

Principalmente se de um lado há um português que prega humildade e do outro um que se jacta de ter milhões de euros no banco.

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