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Jornalista, secretária de Redação da Sucursal de Brasília.

Bolsonaro traiu os velhacos do centrão?

Presidente trapaceia com novos e antigos aliados

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Neoaliados de Jair Bolsonaro, comandantes do bloco de partidos fisiológicos conhecido como centrão vivem com a Justiça no encalço. O pepista Arthur Lira, líder do grupamento, coleciona ações judiciais desde falcatruas içadas pela Lava Jato a acusações de apropriação de salários de servidores e de recebimento de propina —teve um assessor preso com dinheiro nas meias num aeroporto.

São sujeitos desse naipe que Bolsonaro busca trapacear. Depois de avalizar um acordo alinhavado pelo centrão para garantir aumento para o funcionalismo na votação do projeto de socorro aos estados, o presidente acena na direção oposta e promete à equipe econômica vetar a medida.

Há certa incredulidade sobre a real disposição do presidente para levar adiante a promessa pública feita ao ministro Paulo Guedes (Economia). Se consumá-la, colocará à prova a fidelidade de sua base parlamentar recém-conquistada via entrega de nacos da administração pública. No jogo do toma lá, dá cá, os velhacos calculam como reagir a um movimento hostil do presidente: responderão à traição com a derrubada do veto ou manterão juras de lealdade pela permanência nos cargos?

O deputado federal Arthur Lira (PP-AL), líder do centrão na Câmara - Kleyton Amorim/UOL/Folhapress

Trapaçaria de Bolsonaro também com os aliados de primeira hora, que compraram seu discurso da nova política. Ministros agora são obrigados a engolir quietos ameaças de demissão caso se recusem abrigar os indicados do centrão em suas pastas. No Congresso, bolsonaristas fazem malabarismo retórico para justificar a cooptação da trupe de Lira e argumentam que nenhuma corrupção será tolerada.

Nesta sexta (8), dois dias após a nomeação de um afilhado para a direção do Dnocs, o deputado pepista Sebastião Oliveira tornou-se alvo de operação da Polícia Federal para apurar desvios em obras da BR-101.

O Dnocs administrará neste ano R$ 1 bilhão, em projetos como a construção de barragens e açudes.

Nas horas seguintes à ação policial, o novo diretor da PF foi visto entrando no Palácio do Planalto.

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