Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).
A brasileira roda dos enjeitados e a americana 'safe haven baby box'
Caixa serve como um local seguro para deixar bebês resultantes de gravidez indesejada
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Um dos mais interessantes museus da capital é o museu da Santa Casa de São Paulo. Nele está quase toda a história da medicina paulista.
Inclusive a roda dos enjeitados, introduzida em 1825 e desativada em 1950. Nos 125 anos de sua existência acolheu 4.580 bebês.
A campanha contra o aborto nos Estados Unidos resultou na criação de locais especiais para deixar recém-nascidos de gravidez indesejada.
Recentemente, a proibição da instalação de clínicas de aborto para a população americana contribuiu para o aumento dos "safe haven baby box" (refúgio seguro para bebês) em vários estados norte-americanos.
Em 1999, no Texas, segundo o jornal New York Times, foi introduzida a lei Bebê Moisés, de apoio ao refúgio seguro para bebês, depois de várias mulheres terem abandonado recém-nascidos em caçambas de lixo.
Os refúgios seguros constam de uma caixa com gaveta metálica contendo um berço com temperatura controlada. Estão instalados em quarteis de bombeiros e em hospitais, em geral.
Ao ser fechada, após o uso, a gaveta tranca automaticamente e um alarme é acionado para pessoas treinadas retirarem o bebê do berço e tomarem as necessárias providências.
Uma antiga peça de madeira, a roda dos enjeitados, está em exposição no museu da Santa Casa de São Paulo.
É uma caixa cilíndrica que rodava no nicho do muro ao lado de um dos portões da instituição, localizado na rua Dona Veridiana, no bairro de Santa Cecília. Marcas ainda são visíveis no muro, com tijolos substituindo o espaço do antigo nicho.
Na roda, ao abrir uma portinhola, era possível depositar uma criança no seu interior. Em seguida, o dispositivo era rodado para o outro lado do muro. Uma cordinha, ligada a uma sineta no dormitório das freiras, alertava a atenção das religiosas para mais um bebê rejeitado.
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