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Musicista e skatista, quatro vezes campeã mundial de vertical e primeiro ouro feminino dos X Games

Descrição de chapéu Olimpíadas 2024 skate

Fadinha é real, e seu bronze é para ser celebrado

Quem esperava o ouro pode até sentir certa frustração, mas Rayssa brilhou em Paris e é o que é: um meteoro que está apenas no início de sua jornada

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Todo mundo acordou cedo para ver o skate feminino nas Olimpíadas, para ver a Rayssa Leal, e as expectativas eram altas.

A gente sabe que ela queria (e merecia) o ouro. Mas o esporte é também isso: o êxtase de ter se superado, a frustração de não ter alcançado o que gostaria.

Não estou dizendo que Rayssa esteja se sentindo assim, pois não conversei com ela. Mas, como atleta, estou fazendo um suposição pois já vivi essa sensação –como torcedora, estou plenamente feliz e satisfeita com o bronze.

Torcida festeja com Rayssa o bronze nas Olimpíadas de Paris - Folhapress

Essa sensação de frustração toma o atleta porque você se culpa pelo erro. Fica procurando motivo (muitas vezes dá para melhorar) e tentando entender o que aconteceu.

Mas, as vezes, não aconteceu nada.

Como diz aquela famosa frase: nem sempre vence o melhor. No skate também é assim. Uma competição tem diversos fatores, muitos fora do nosso controle.

Rayssa é uma das melhores, senão a melhor. Não a toa o principal nome a se bater. Ela tinha plenas condições. Um nível de skate enorme, com manobras que alcançam a casa dos 90 pontos.

A Leticia Bufoni demorou sete anos para conseguir ganhar o ouro nos X games. Ela já tinha algumas pratas e alguns bronzes, já tinha ganhado tudo, mundial etc. Mas zicava nessa competição específica. Todo mundo sabia que ela tinha capacidade. Até que um dia conseguiu.

A Fadinha ainda vai ter tempo para sua hegemonia.

As vezes, tem atleta que fica famosa fora do nicho, mas dentro as pessoas criticam. Preciso contar para vocês que a Rayssa é reconhecida, uma unanimidade, aclamada dentro e fora do skate. Ela não é descartável. Ela é legítima, diferenciada e faz jus a toda fama que conquistou.

Eu entendo que comemorar bronze para quem podia o ouro pode ser um pouco decepcionante. Mas é o que é, e assim já é muito.

Há motivos para celebrar a existência e todas as conquistas dessa garota, que se mistura com projeções dos nossos sonhos. Ela é a "nossa" Fadinha, mas não é nossa. É um meteoro cheio de potência, que está apenas começando sua jornada como grande ídola do Brasil.

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