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Diretor da Sucursal de Brasília, foi correspondente em Londres. Vencedor de dois prêmios Esso.

Ferido por crise, Bolsonaro precisa remar muito para aprovar reforma

Governo precisa se mexer para corrigir pontos frágeis na articulação

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O governo Bolsonaro caminha para completar dois meses ferido pela crise do laranjal do PSL, que derrubou Gustavo Bebianno e ameaça degolar o ministro do Turismo, e sob o alerta da fragilidade na articulação com o Congresso.

A relação política do presidente da República com os parlamentares preocupa seus principais aliados.

O menosprezo com que Jair Bolsonaro trata, reservadamente, a importância de paparicar deputados e senadores em busca de apoio tem sido visto nos bastidores como um erro primário de quem passou mais de duas décadas na Câmara —mesmo como personagem do baixo clero.

A queda de Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência tem impacto na articulação política não porque o ex-ministro era um negociador nato com o Congresso. Longe disso. Bebianno é irrelevante neste contexto. O que incomodou os parlamentares foi o modus operandi do presidente em aliar-se a um dos seus filhos —no caso, Carlos Bolsonaro— e abandonar um assessor próximo na primeira crise que caiu sobre sua cabeça.

Dois dias depois de se livrar de Bebianno, Bolsonaro entregou a reforma da Previdência ao Congresso. Em seguida, começaram as previsões de votos em plenário e de expectativa de suporte para a proposta avançar.

Qualquer análise no momento não passa de chute. Há quem fale, cheio de certeza, que o Planalto não tem nem cem votos na Câmara. Como reza a tradição, o governo circula que já teria superado os 250, ainda distante dos 308 mínimos necessários.

Fato é que Bolsonaro precisa remar muito para aprovar a reforma. Terá, por exemplo, de dar um jeito na inoperância da liderança do governo. Ao escolher o desconhecido Major Vitor Hugo (PSL-GO) para a estratégica função, o presidente colocou em risco o sucesso da proposta.

Em outra frente, o ministro Onyx Lorenzoni, chefe da Casa Civil, apesar de deputado experiente, sofre resistências. Bolsonaro não terá vida fácil no recém-empossado Congresso. E a história já provou que governo algum sobrevive sem o seu apoio.

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