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Diretor da Sucursal de Brasília, foi correspondente em Londres. Vencedor de dois prêmios Esso.

Sem pudor, Bolsonaro só pensa em 2022

Presidente movimenta peças para reeleição enquanto adversários buscam um rumo

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A eleição presidencial de 2022 começou, as ruas já flertam com a reeleição de Jair Bolsonaro e alguém precisa contar para a oposição.

A agenda do impeachment, por ora, inexiste no Congresso, não vai prosperar no cenário atual. Tende a ser ineficaz insistir nela.

Não há sinais de que Bolsonaro corre risco até o fim de seu mandato por mais que razões possam ter (e não são poucas) para a abertura de um processo de afastamento.

Uma ação de impeachment precisa, além de ambiente político favorável, de um empurrão de fora que sustente a derrubada.

O Datafolha mostra que Bolsonaro está forte. Atingiu sua melhor avaliação no mandato, com 37% dos brasileiros considerando seu governo ótimo ou bom.

A curva de rejeição caiu de 44% para 34%. Para 47%, ele não tem culpa pelas 100 mil mortes causadas pela Covid-19 no país.

Alavancado pelo auxílio emergencial, que impediu 23,5 milhões de caírem na pobreza, o presidente está todo serelepe.

Semana passada foi para Belém inaugurar obras. Desembarca nesta segunda-feira (17) em Sergipe para cortar a faixa de uma usina termoelétrica. E faz troça com o teto de gastos públicos.

Bolsonaro joga para dentro também. Enlaçou-se com o probo centrão e namora o MDB do neoaliado Michel Temer. Réu por corrupção, o ex-presidente teve de pedir autorização da Justiça para chefiar a comitiva enviada ao Líbano.

Bolsonaro nem se constrangeu em indicar Ricardo Barros para liderar seu governo na Câmara. Deputado pelo PP-PR, Barros tem um prontuário extenso no ramo das investigações.

Com o fracasso na formação da Aliança pelo Brasil, Bolsonaro busca agora um partido para disputar a reeleição.​ Admite até deixar de lado as agruras com o PSL, a sigla especializada em laranjas que o elegeu presidente em 2018.

O presidente movimenta as peças sem pudor. Quando (e se) seus adversários encontrarem um rumo nos próximos dois anos, pode ser tarde demais.

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