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Advogada especializada na área da defesa do consumidor.

Descrição de chapéu Folhajus Banco Central

Use o dinheiro esquecido para pagar dívidas

Momento de crise exige reduzir débitos e equilibrar o orçamento

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Muitas pessoas lamentaram ter apenas alguns centavos esquecidos nas contas-correntes, depois que o Banco Central liberou a consulta de valores e os pedidos de resgate. Se você, ao contrário, for um felizardo ou felizarda que encontrou mais dinheiro nestas contas, use todo o valor para abater ou pagar dívidas. Zere, por exemplo, o rotativo do cartão de crédito. E não faça novas despesas evitáveis.

Os tempos já estavam bicudos na economia e na política nacional, mas agora os efeitos da invasão da Ucrânia vão se alastrar por todo o planeta, piorando a situação em geral. Nesta terça-feira (8), os Estados Unidos suspenderam as importações de petróleo e gás russos. Isso impactará os preços dos combustíveis, que, por sua vez, afetam toda a cadeia produtiva.

Momento de crise exige quitar as dívidas - Gabriel Cabral/Folhapress

Não dever, ainda mais com os juros em alta, é fundamental para ter equilíbrio —não somente financeiro, mas psicológico e emocional. Saber que as contas vão chegar e que não haverá como quitá-las é um convite à insônia.

Tenho insistido muito que é fundamental fazer orçamento –e, na medida do impossível, seguir o que foi planejado. Há uma questão muito relevante neste caso: nem sempre são as grandes contas que nos quebram, mas a soma das pequenas despesas, que passam despercebidas.

Cada oportunidade que aparece de ingresso de recursos –como ocorre agora com quem deixou dinheiro na conta e nem sabia disso–, deve ser aproveitada para se afastar da inadimplência, ou seja, da incapacidade de pagar os boletos em dia. Isso vale também para a restituição do Imposto de Renda, herança, venda de imóvel ou de outros bens.

Além disso, quem ainda tiver investimentos financeiros, o que geralmente é fruto de muitos anos de poupança, deve considerar sacar ao menos uma parte para reduzir os débitos. O motivo é simples: os rendimentos das aplicações estão muito baixos, e os juros das dívidas, elevadíssimos.

Para não dever, em períodos difíceis como os últimos anos, temos de mudar hábitos de consumo. E isso também significa, algumas vezes, abrir mão de produtos e serviços aos quais nos acostumamos. Tenho certeza de que milhões de brasileiros, com muita tristeza, devem pelo menos ter diminuído o consumo de café, cujos preços subiram 50% em 2021.

Olho vivo, também, nas renegociações de dívidas, que propiciam redução de juros e multas. Sempre é melhor negociar.

É óbvio que estas recomendações são para quem tiver fontes regulares de renda, pelo trabalho formal, informal ou como microempresários. Quem sai diariamente em busca de uma refeição, sem saber se a conseguirá, tem de ser ajudado pelos governos, principalmente o federal. Não há como planejar os gastos quando inexiste renda.

Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, segue minha solidariedade a todas que sofrem com a desigualdade, a fome, a falta de oportunidades, os assédios, a violência e o feminicídio. O maior desafio de todas as sociedades é tratar o ser humano bem, com acesso a alimentos, saúde, educação e moradia, e respeitar a diversidade.

Algumas conquistas já ocorreram, mas ainda teremos de lutar muito para melhorar as condições das mulheres em todo o mundo. Estamos juntas nesta luta. Um beijo!

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