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Coluna editada por Maurício Meireles, repórter da Ilustrada.

Descrição de chapéu Livros

Em editoras de SP, 84% tiveram salário cortado com a pandemia e a crise

Ao todo, 51 editoras paulistas já adotaram a medida, entre grandes, médias e pequenas

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Com a pandemia e a crise no mercado, as editoras já têm recorrido à medida provisória 936/2020 para reduzir os salários dos funcionários. De acordo com dados do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas Editoras de Livros, o Seel, 84% dos funcionários contratados em regime CLT no estado de São Paulo já tiveram seus salários cortados.

Ao todo, 51 editoras paulistas já adotaram a medida, entre grandes, médias e pequenas. Dezessete dessas optaram por acordos de suspensão do trabalho. Entre as demais, a metade optou por reduzir rendimentos dos empregados em 25% —as grandes estão neste grupo.

Um quarto do total optou pelos 70% de corte. O Seel-SP não revelou o nome de nenhuma das empresas. Em nota enviada à coluna, contudo, o sindicato lembrou que funcionários da produção editorial têm trabalhado de casa —mas o mesmo não acontece com empregados na área de distribuição e logística, e eles "contam que as empresas ofereçam equipamento de proteção individual para a Covid-19".

Clientes olham e consultam livros em loja na avenida Paulista em São Paulo - Alf Ribeiro/Folhapress

Já o sindicato no Rio de Janeiro não revelou números tão detalhados, mas informou que, entre as grandes casas no estado, Record, Grupo Guanabara e Ediouro já promoveram cortes nos rendimentos de seus funcionários.

De acordo com o Seel-RJ, a terceira escalonou os cortes nas faixas de 25%, 50% e 70% —no último grupo, ficaram os funcionários da gráfica. A editora de dicionários Lexikon e a Scipione, que tem sede em São Paulo, fizeram o mesmo.

BREVE

A Riff, principal agência literária do país, passa a promover em suas redes a ação "Delírio dos Céus". É uma coletânea de vídeo de autores representados pela casa lendo histórias breves, em postagens que vão até dezembro, às vésperas do aniversário de 30 anos da empresa. Entre os próximos autores que participam, estão Andrea Pachá e Marcelo Ferroni.

VIRGINIAS

O grupo Virginias, formado por 217 mulheres do mercado livreiro, existe desde 2017, mas veio a público agora, ao lançar o manifesto pelo afastamento de Pedro Almeida da curadoria do Jabuti. A próxima ação será uma radiografia da condição da mulher no setor editorial. O nome é uma alusão a Virginia Woolf.

VIRGINIAS 2

A Bazar do Tempo, aliás, prepara para agosto uma edição com "Um Quarto Só Seu", da autora, e mais três ensaios sobre escritoras britânicas --Jane Austen, George Eliot e as irmãs Brontë. A tradução é de Júlia Romeu.

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