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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

Descrição de chapéu Tragédia em Brumadinho

Indicadores da Vale devem se recuperar mais cedo que os da BP, segundo analistas

Moodys colocou a classificação de Baa3 da mineradora em revisão para baixo

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Assim como a Vale, a BP teve sua avaliação rebaixada por agências de risco após o acidente no Golfo do México, em abril de 2010. Até hoje, a companhia não recuperou o rating.

A nota da BP caiu de Aa1 para A2 após a explosão.

Para analistas, os indicadores financeiros da mineradora deverão reagir rapidamente.

A Moody’s colocou a classificação de Baa3 da Vale em revisão para baixo na quinta (29). 

O rebaixamento da petroleira foi decorrência da expectativa da agência de que a explosão resultaria em “custos significativos de contenção e limpeza assim como custos de litigação”, segundo relatório da Moody’s de junho de 2010.

O diretor-executivo da BP na época ficou no cargo até outubro daquele ano. A nota da empresa de óleo nunca voltou ao nível anterior à tragédia.

A situação da empresa brasileira é diferente, de acordo com um analista de banco, porque o desempenho do setor de óleo e gás piorou de 2010 para cá, e a perspectiva da mineração é positiva.

A troca de diretoria após o rompimento de barragem em Brumadinho (MG) seria contraproducente, e não tem relação com a do líder da BP em 2010, segundo John Tumazos, da Very Independent Research, dos EUA, especializado na Vale.

“As reações de Fábio Schvartsman [diretor-executivo da Vale] foram razoáveis. Uma substituição abriria uma caixa de pandora de interferência governamental.”

Nota da BP nunca se recuperou após vazamento no Golfo do México - Folhapress

 

Não só de sorvete

A rede de sorveterias Bacio di Latte deverá investir R$ 35 milhões neste ano em seu plano de expansão, segundo o diretor-presidente da companhia, Edoardo Tonolli. Parte dos recursos virá de financiamento.

A marca, que concentra a maior parte de suas unidades em shoppings centers, tem mudado de estratégia para inaugurar mais pontos em áreas externas.

“Redescobrimos as ruas e temos investido em lojas maiores, que ofereçam cafés, chocolates e outros doces, além dos sorvetes. A ideia é depender menos do desempenho dos shoppings”, diz o executivo.

A previsão da Bacio di Latte é inaugurar 30 pontos em 2019, metade delas fora de centros comerciais. A rede vai abrir sua segunda operação em Los Angeles e a primeira no Rio Grande do Sul neste ano.

“Também haverá um aporte no laboratório que desenvolve nossos produtos, em Cotia (SP)”, afirma.

A marca prevê crescer 30% em receita e chegar a R$ 220 milhões em 2019.

108
são as unidades da rede

 

Indústria busca manter conteúdo local em nova Lei da Informática

Manter reduções tributárias e incentivos ao uso de conteúdo local são algumas das principais demandas na proposta de substituição da Lei da Informática levada pelas indústrias elétrica e eletrônica ao governo.

O programa seria válido até 2029, mas a Organização Mundial do Comércio o condenou de forma definitiva em dezembro de 2018 —em parte, devido a subsídios fiscais e priorização de fabricação nacional.

O setor privado planeja manter os benefícios, porém sem restrições que levem a uma reserva de mercado, segundo Humberto Barbato, presidente-executivo da Abinee (associação da indústria).

Uma sugestão foi entregue à Secretaria de Competitividade e Produtividade neste mês.

Entre as recomendações, estão beneficiar fabricantes que usam produtos feitos aqui, mas sem uma lista predeterminada, e substituir a renúncia de IPI por uma redução de Imposto de Renda e CSLL.

“Incentivos tributários em limites aceitáveis são importantes dada a nossa defasagem tecnológica”, diz Renato Ópice Blum, professor do Insper.

“Benefícios fiscais precisam ser direcionados para áreas em que há vantagem competitiva. Não significa investir no que o Brasil jamais conseguirá acompanhar concorrentes globais.”

 

Vem do leite

A Gonçalves Salles, da marca de laticínios Aviação, vai investir ao menos R$ 20 milhões neste ano no processo de automatização de sua unidade de requeijões e em equipamentos para envase.

“As máquinas serão importadas da Alemanha para a nossa fábrica em São Sebastião do Paraíso (MG). A ideia é modernizar a linha de manteigas”, afirma o vice-presidente da companhia, Roberto Pimenta Filho.

A empresa, que aportou R$ 15 milhões no ano passado para dobrar a capacidade de produção de doces de leite, teve alta de 20% em receita. A estimativa é repetir a taxa neste ano.

“Produzimos cerca de 130 toneladas de doce ao mês. No fim do processo, daqui a alguns meses, passaremos a fazer no mínimo 300 toneladas”, diz Pimenta Filho.

R$ 350 milhões
foi o faturamento em 2018

 

Diversidade canadense

As exportações brasileiras para o Canadá superaram as importações em US$ 1,1 bilhão (R$ 4 bilhões) no ano passado, de acordo com a CCBC (Câmara de Comércio Brasil-Canadá).

As vendas externas, porém, têm crescido a um ritmo mais lento que as compras, o que poderá levar a um déficit no futuro, segundo Paulo de Castro Reis, diretor de relações institucionais da entidade.

“Temos trabalhado com as empresas para diversificar a pauta”, diz ele.

“Vemos como algo estratégico trabalhar outros produtos que poderão somar valores mais interessantes, como alimentos e bebidas e exportação de serviços.”

 

Hora do café

com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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