Siga a folha

'Surubão? Não tenho nada para falar sobre isso', diz Deborah Secco

A atriz Deborah Secco - Marlene Bergamo/Folhapress

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

“Abre só um pouquinho”, pede uma fotógrafa a Deborah Secco, que aparece envolta num roupão de tule preto no saguão do Copacabana Palace, onde uma hora, quatro copos d’água e uma brusca queda de pressão depois, ela seria coroada rainha do baile de carnaval

 

“Calma. Vou abrir aos poucos...”, responde, ajeitando a peruca de cabelos encaracolados que usa em sua caracterização de Sophia Loren —o baile é temático e este ano homenageia a Itália. “Não deixa ninguém pisar no meu rabo”, pede ela à sua empresária, Piny Montoro, referindo-se à cauda de 1,5 m da roupa que veste.

 

A caminho do Golden Room, Deborah vai falando sobre seu figurino (“Tô me amando!”), o calor (“Nossa, tá demais”), a peruca (“Tá colada na cabeça”) e o carnaval. 

 

O papo fluía bem até que, à beira da piscina, Deborah ouviu a palavra “surubão”. A repórter Cleo Guimarães quis saber se ela, frequentadora de Fernando de Noronha e do Projac, já havia participado de alguma festa mais animada no arquipélago. 

 

“Surubão? Não tenho nada para falar sobre isso, imagina!”, disse, apertando o passo. “Ah, para. Não acredito nisso. Tchau, acabou”, ralhou Piny. 

 

 

Surubão, caso você não saiba, virou até fantasia de carnaval depois que, no calor da separação do ator José Loreto e Débora Nascimento pela descoberta de uma traição da parte dele, um perfil do Instagram afirmou, dias atrás, que há uma certa promiscuidade entre os artistas globais, principalmente entre os que frequentam Noronha.

 

Dali, Deborah, já exibindo tudo aquilo que o roupão escondia (um body fio-dental, que segundo um convidado, é “para quem se garante muito”, e a tatuagem “Livrai-me de todo o mal, amém” quase totalmente apagada nas costas), seguiu para o Golden Room. Sambou, sorriu, posou para fotos —e sentou-se num banquinho.

 

“A pressão caiu”, informou um segurança enquanto ela era abanada por parte de sua entourage. “Esse cabelo esquenta demais, nossa!”, disse, minutos depois, já recuperada e ainda bastante suada.

 

“A Giovanna Ewbank está revoltada de ter sido envolvida nessa história de surubão”, diz o advogado Ricardo Brajterman, contratado pela atriz e por seu marido, Bruno Gagliasso, para defendê-los. Os dois são sócios de uma pousada em Fernando de Noronha.

 

Brajterman também atende a atriz Yanna Lavigne. “Ela tá indignada porque foi arrastada para essa fofoca”. Há várias teorias sobre esse perfil incendiário do Instagram e, para Ricardo, “ele foi criado para tirar o foco de algumas pessoas e envolver mais gente neste caso de traição”.

 

Regiane Alves estava em Noronha quando o termo ‘Surubão” virou trending topic do Twitter. “Eu estava lá relax com meus filhos, e vários amigos me zoaram”. Ela diz que “nada sabe” sobre isso, mas se soubesse... “Ia achar ótimo. Quero mais é que as pessoas se divirtam.” 

 

Regiane está agora preocupada em batalhar patrocínio para três projetos. “Fiquei três anos tentando pela Lei Rouanet e não consegui. Fui na raça e nas dívidas, mas não reclamo. Sou uma privilegiada, faço TV também. Mas tenho amigos em outra realidade, então tá todo mundo um pouco assustado com as mudanças na lei”.

 

“Festinha depois de gravação, barzinho... Isso sempre rola na Globo. É até propício, quer dizer, propício não. Dá até pra entender. Mas dark room [local que seria reservado para reuniões íntimas] eu não sei, se soubesse, falava. Eu falo tudo mesmo e sempre sou crucificada por isso”, dizia a atriz Antônia Fontenelle, também atrás de patrocínio para seus projetos.

 

Antônia fez campanha para Bolsonaro e, apesar de considerar que a cultura está “totalmente abandonada”, não se arrepende de tê-lo apoiado. “Ele é uma pessoa de boníssimas intenções mas está cercado de traíras.”

 

Luiza Brunet posa para fotos ao lado de Quitéria Chagas. Ela diz que está “devagar” neste carnaval. “Já tô na fase de bater palmas para as mais jovens”. Diz que esteve em Noronha uma vez só, em 1984, “então nem tenho muito o que dizer sobre essas surubas”.

 

Eis que chega Jane Di Castro, cantora transexual que é uma das estrelas do premiado documentário “Divinas divas”, de Leandra Leal. Ela se anima ao falar sobre a separação de José Loreto e lembra que Marina Ruy Barbosa também foi apontada como um possível affair do ator.

 

“Imagina se ela ia trocar aquele bofe lindíssimo que tem em casa pelo Loreto? Ela é linda, bem casada, bem sucedida, protagonista de novela. É muito machismo, muita inveja, fico chocada com isso”. 

 

Jane todos os anos atravessa a rua para ir ao baile. Ela mora no edifício Kansas, atrás do Copa, e é síndica de lá há 11 anos ininterruptos. Acha que falta reconhecimento.

 

“Eu devia entrar para o livro dos recordes. Sou a única síndica trans que existe, e estou há muito tempo administrando lindamente um prédio de 15 andares, com 82 apartamentos. Está tudo impecável lá. Eu sou a prova de que travesti não é bagunça”.


‘Eu dou um beijo na boca dele, aí você filma!’

 “Tirar foto dele comendo não, vai?! Aí é judiação”, pedia a primeira-dama de SP, Bia Doria, ao repórter da coluna que fotografava seu marido, o governador João Doria, comendo penne à bolonhesa no camarote DaGaroa, no sambódromo do Anhembi, no sábado (2).

 

Bia aponta para um dos cinco seguranças que acompanhavam o casal: “Ó, ele está armado, hein? Se eu fosse você, teria medo. Ele é ninja!”, brincava.

 

“Deixa que eu dou um beijo na boca dele. Aí você filma!”, sugere Bia. “João! Vem aqui!” E os dois se beijam.

 

Um pouco antes, os dois foram ao camarote da prefeitura de São Paulo, onde o governador deu entrevista e fez fotos ao lado do prefeito Bruno Covas (PSDB-SP).


NA AVENIDA

A apresentadora Sabrina Sato estreou como rainha da bateria da escola de samba Gaviões da Fiel na madrugada de domingo (3); a agremiação fechou os desfiles no Anhembi


 

A cantora Baby do Brasil - Zé Carlos Barretta/Folhapress

‘Estou quicando igual a um ioiô’

“Para o ano que vem eu vou fazer a campanha fique bêbado de endorfina, drogue-se de endorfina”, dizia a cantora Baby do Brasil à coluna na manhã de sábado (2), no camarim de seu trio elétrico —pela primeira vez, ela comandava um bloco em SP. “Eu, por exemplo, não bebo nada, não tomo droga nenhuma e tô quicando igual a um ioiô”, completava.

 

Baby hidratava as cordas vocais com um aparelho e recebia massagem nos ombros enquanto filosofava: “É preciso pular o Carnaval como criança. Vamos brincar, vamos dançar. Eu não quero acabar com ele, quero ajudar e transformar”.

com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI e VICTORIA AZEVEDO

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas