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PF diz que não tem sala disponível e desmarca depoimento de Boulos

Ex-candidato a prefeito de São Paulo está sendo investigado por postagem sobre Jair Bolsonaro no Twitter

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A Polícia Federal desmarcou o depoimento do ex-candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos, que está sendo investigado com base na Lei de Segurança Nacional por críticas feitas ao presidente Jair Bolsonaro.

Boulos foi intimado na semana passada para depor no inquérito que apura se ele "ameaçou" Bolsonaro em postagem no Twitter.

Assim que a notificação foi feita, o advogado dele , Alexandre Pacheco Martins, questionou se o depoimento poderia ser virtual. A PF avisou que uma portaria obrigava que ele fosse presencial.

Nesta quarta (28), a instituição informou que não tem sala disponível em Brasília para o depoimento, já que a cidade está em lockdown. O depoimento, que deve ser feito à delegada Ana Luiza Veloso Pacheco, foi então adiado, sem outra data para ocorrer.

O comentário de Boulos sobre Bolsonaro foi feito em abril de 2020.

Naquele mês, Bolsonaro participou de um ato em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, em que os manifestantes pediam intervenção militar. O presidente então afirmou: "Eu sou a Constituição". A declaração remeteu a frase atribuída a Luís 14, rei da França por 72 anos no século 17: "O Estado sou eu".

Boulos então escreveu: "Um lembrete para Bolsonaro: a dinastia de Luís XIV terminou na guilhotina...".​

Tuíte de Guilherme Boulos a Bolsonaro falando em guilhotina - Reprodução

Bolsonaro ficou contrariado. E o deputado José Medeiros (Pode-MT), ligado ao presidente, representou contra Boulos no Ministério da Justiça.

Por determinação do então ministro da Justiça, André Mendonça, a PF abriu um inquérito contra o líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto). E agora o intimou para depor.

"É uma perseguição política vergonhosa", disse Boulos na semana passada, quando foi intimado.

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