O governo de São Paulo estuda recuar da decisão de privilegiar apenas três comorbidades no plano de vacinação contra a Covid-19 —e incluir todas as que estão definidas no PNI (Plano Nacional de Imunização) para receber doses da Coronavac e da AstraZeneca, as duas vacinas que estão sendo aplicadas no estado.
O anúncio de que apenas pessoas com síndrome de Down, pacientes renais em tratamento de diálise e transplantados em uso de imunossupressores receberiam as doses da vacina gerou protestos de outros grupos, que reclamam de falta de isonomia.
Na semana passada, o Ministério da Saúde incluiu 22 comorbidades no PNI (Plano Nacional de Imunização). Cada estado e cada município, no entanto, pode definir o seu próprio cronograma, de acordo com a disponibilidade de imunizantes e estratégias locais de vacinação.
A Secretaria de Saúde escolheu imunizar os três grupos, sem distinção de idade. No total, seriam 120 mil pessoas vacinadas, de 18 a 59 anos.
Com a reação, as outras comorbidades podem ser incluídas nas novas prioridades de vacinação –mas as pessoas devem ser imunizadas por faixa etária, começando dos mais velhos e só mais tarde contemplando os mais jovens, por causa da escassez de imunizantes no país.
O Rio de Janeiro já tinha adotado essa estratégia. A cidade anunciou que pessoas com todas as comorbidades listadas no plano nacional podem se vacinar.
A prefeitura do Rio afirmou que seguirá o padrão de escalonamento decrescente de idade, vacinando primeiro portadores de doenças preexistentes com 59 anos. Também serão imunizados, valendo a mesma regra, todas as pessoas com deficiência permanente.
Entre as 22 comorbidades listadas pelo Ministério da Saúde para orientar estados e municípios estão diabetes mellitus, pneumopatias crônicas graves, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, síndromes coronárias, síndrome de Down, doença renal crônica, doentes com próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados, doença cerebrovascular, imunossuprimidos, obesidade mórbida e cirrose hepática.
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