Mônica Bergamo é jornalista e colunista.
Petrobras gastará R$ 1 milhão para eleger novo presidente indicado por Bolsonaro
Caio Paes de Andrade precisa ter o nome confirmado por uma Assembleia Geral Extraordinária de acionistas
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A Petrobras terá que desembolsar pelo menos R$ 1 milhão para eleger o novo presidente da empresa, indicado nesta semana por Jair Bolsonaro.
A estimativa é de integrantes do conselho da estatal, e foi confirmada à Folha por fontes da diretoria da companhia. Algumas delas afirmam que o valor pode ser até maior, e chegar a R$ 1,5 milhão.
O dinheiro será gasto na organização da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) de acionistas que terá que eleger sete novos conselheiros da empresa, indicados pelo governo, e também referendar o nome de Caio Paes de Andrade para comandar a companhia.
Ele foi escolhido por Bolsonaro para substituir José Mauro Coelho, que estava na presidência da Petrobras há apenas 40 dias.
Paes de Andrade será o quarto presidente da estatal no governo de Bolsonaro, que tenta interferir na política de preços de combustíveis da empresa –sem sucesso até agora.
A convocação da AGE para confirmar o nome do novo presidente é complexa.
Para realizá-la, é necessário arcar com os custos de advogados, de publicidade e de organização do pleito, inclusive em outros países, onde estão investidores estrangeiros da empresa.
Nos EUA, por exemplo, os detentores de ADRs (recibos de ações de empresas não americanas emitidos e negociados no país) votam por meio impresso.
No Brasil, é preciso processar os votos eletrônicos em boletins, o que também tem um custo.
De acordo com pessoas envolvidas diretamente na realização da assembleia, as dificuldades desta vez são ainda maiores, já que a convocação será extraordinária, ao contrário de outras previstas normalmente no calendário da companhia.
Por isso mesmo, o tempo para organizá-la será mais longo.
Há conselheiros que calculam que a aprovação do nome de Paes de Andrade na presidência pode demorar entre 40 e 60 dias.
Até lá, José Mauro Coelho, embora demitido, segue no cargo, à espera da oficialização do sucessor.
Procurada, a empresa não se manifesta sobre os custos.
À MESA
O diretor Jorge Takla recebeu a cantora Fafá de Belém e outros convidados em um jantar na sua casa, na terça-feira (24), em São Paulo. O encontro homenageou o diretor libanês Oualid Mouaness, que estreia no próximo dia 2 o filme "1982". A atriz Mayana Neiva também passou por lá.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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