Os gestos de Jair Bolsonaro (PL) em direção ao Judiciário obedecem a uma orientação de estrategistas de sua campanha e de integrantes do governo: pesquisas internas têm mostrado que parte do eleitorado rejeita a postura belicosa do presidente. As pessoas têm expressado cada vez mais que querem no governo alguém que resolva os problemas, e não que fique arrumando problema.

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Nesta semana, Bolsonaro sinalizou com a bandeira branca mais de uma vez: na quinta (11), ele recebeu o futuro corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em seu gabinete. O magistrado entregou a ele um convite para a sua posse no cargo, marcada para o dia 30 de agosto.

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Um dia antes, ele recebeu os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski. Os dois também foram entregar um convite para suas respectivas posses, como presidente e vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), marcada para o dia 16 de agosto.

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No ano passado, o presidente ficou contrariado com Salomão: então integrante do TSE, o magistrado determinou a desmonetização de sites que propagavam desinformação, especialmente sobre o sistema eleitoral. A maioria das páginas e canais era de bolsonaristas.

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Tanto a conversa com Salomão quanto o encontro de Bolsonaro com Moraes e Lewandowski transcorreu com tranquilidade, segundo interlocutores do presidente e dos magistrados.

ARCADAS

A cantora Daniela Mercury compareceu à Faculdade de Direito da USP, no centro de São Paulo, para participar da leitura de manifestos em defesa da democracia, na quinta-feira (11). A ex-ministra Marina Silva (Rede) e a médica cardiologista Ludhmila Hajjar estiveram lá.

_{com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH}