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Bolsonaro também falou de 'meninas arrumadinhas' da Venezuela em feira de alimentos

Evento ocorreu em maio deste ano; presidente foi ao evento com Paulo Guedes e Tarcísio de Freitas

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) contou a história da visita que fez a uma casa em que estavam adolescentes venezuelanas também em um discurso na abertura 36ª edição da Apas Show, feira de alimentos, bebidas e supermercados, em maio deste ano.

Bolsonaro em entrevista a um podcast nesta sexta-feira (14) - Reprodução

O chefe do Executivo narrou o mesmo fato que revelou ao canal Paparazzo: encontrou meninas "arrumadinhas" em uma rua do Distrito Federal, pediu para entrar na casa delas e encontrou um ambiente de prostituição.

O evento aconteceu na Expo Center Norte, em São Paulo. O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o candidato ao Governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) também participaram do encontro.

O vídeo foi compartilhado na página do Facebook de Bolsonaro.

"Eu estive no meio do povo desde que apareceu a Covid-19, sem máscara. [...] Se eu não fizesse isso, não saberia como o povo está vivendo. Fui para dentro da periferia de Brasília, entrei numa república de venezuelanos. Dá para imaginar pessoas? Sábado a tarde, eu vejo, paro a moto, olho para trás. Umas meninas de 14, 15 anos, arrumadinhas. Surpreendeu. Eu voltei. Falei: 'Abre uma live", narrou o presidente.

E seguiu: "Tinha umas 20 venezuelanas ali. Meninas bonitas, de 14, 15 anos, se arrumando para quê? Se arrumando sábado a tarde para quê? É isso que nós queremos para nossas filhas e netas?".

Este é mais um registro em que Bolsonaro narra a mesma história. Nesta terça (18), a socióloga Rosângela Silva, a Janja, mulher do ex-presidente Lula (PT), postou no Twitter uma nova entrevista do presidente em que o mandatário abordou o assunto.

"O 'cidadão de bem' deveria ter denunciado se houvesse qualquer indício de exploração de menores. É essa proteção das famílias que ele prega?" escreveu Janja na rede social.

Na conversa com entrevistadores do podcast Collab, realizada em 12 de setembro deste ano, o presidente narra exatamente os fatos que revelou ao canal Paparazzo.

A exploração da narrativa de Bolsonaro por apoiadores de Lula abalou a campanha do presidente.

Na entrevista anterior, ao Paparazzo, ele disse que, quando viu as meninas, "pintou um clima", e por isso desceu para conversar com elas. Opositores associaram a frase à pedofilia.

Além disso, a informação de Bolsonaro de que as meninas se prostituíam foi desmentida por mulheres que estavam no local. Elas narraram ao UOL que, naquele dia, um projeto social envolvendo treinamento de cabeleireiras e maquiadoras fazia um evento com as adolescentes, que estavam se arrumando.

No mesmo dia da divulgação da primeira entrevista, a campanha de Bolsonaro reagiu nas redes sociais e acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para impedir que o PT e seus aliados sigam divulgando o vídeo.

O ministro Alexandre de Moraes acatou o pedido, mas o PT recorreu.

O impacto negativo levou a senadora eleita Damares Alves e a primeira-dama Michelle Bolsonaro a procurarem as entidades que têm ligação com o projeto. As famílias exigiram a retratação de Bolsonaro.

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