Mônica Bergamo é jornalista e colunista.
Secretária de Cultura de Tarcísio declarou voto em Alckmin contra Bolsonaro
Marilia Marton, que foi anunciada nesta quarta (21), segue filiada ao PSDB
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A socióloga Marilia Marton, que vai comandar a Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), é filiada ao PSDB e já declarou voto em Geraldo Alckmin (PSB), hoje vice do presidente eleito Lula (PT), nas eleições de 2018.
Naquele ano, o então tucano disputou a corrida pela Presidência da República, vencida por Jair Bolsonaro (PL). Ela publicou uma foto de Alckmin em suas redes sociais, no mês de julho, com a legenda "meu presidente".
Ela também postou uma foto ao lado do ex-governador de São Paulo. "Geraldo Alckmin me ensinou sobre o respeito à vida pública, que zelamos pelo dinheiro do povo, que somos servidores das pessoas... E por isso sempre terá meu respeito, minha admiração e minha lealdado", escreveu.
Em outro post de 2018, ela compartilhou uma carta de seu pai escrita em 1989. Segundo ela, o conteúdo era "para orientar as moças de casa a votarem" nas eleições daquele ano —que reunia entre os principais candidatos Lula (PT), Fernando de Color Mello (então do PRN e hoje do PTB), Leonel Brizola (PDT) e Mário Covas (PSDB).
"Em radicais não insista, esqueça lulas, brizolistas, vamos de centro progressista, vamos de Mário Covas. Não aos homens da arábia, não ao homem de Alagoas, a decisão mais sábia é votar em Mário Covas", dizia o bilhete.
Marton se filiou ao PSDB em 1999 e, de acordo com o registro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ao qual a coluna teve acesso, a situação está regularizada.
Formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, a socióloga foi chefe de gabinete da Secretaria de Cultura em 2011, quando o município era comandado por Gilberto Kassab, e fez sua carreira na administração pública.
Nos últimos anos, Marton esteve em cargos na prefeitura de São Caetano do Sul, em São Paulo. Ela também fez MBA na Fundação Getulio Vargas.
Como mostrou a Folha, o cargo de secretário da Cultura estava sendo disputado por grupos bolsonaristas aos moderados. Marton se reuniu com o governador na noite de terça (20) para preparar o anúncio.
Ela não estava entre os primeiros cotados para o posto hoje ocupado por Sérgio Sá Leitão. Contudo, sua indicação cresceu com apoio de gestores da área, que a veem como alguém que tem bom trânsito político e que entende de gestão pública.
VI E VIVI
A guerra na Ucrânia, a morte da rainha Elizabeth 2ª, as eleições brasileiras e a chegada aos 80 anos de ídolos como Gilberto Gil, Paulinho da Viola e Caetano Veloso serão alguns dos acontecimentos deste ano relembrados pela Retrospectiva 2022, da TV Globo.
A tradicional atração vai ao ar no próximo dia 30, com apresentação de Sandra Annenberg. O programa foi rodado nas dependências do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, que vem sendo reconstruído desde o incêndio ocorrido em 2018.
"Gravar a apresentação da Retrospectiva 2022 lá teve um simbolismo muito grande porque estamos num momento de reconstrução do país, tanto quanto o Museu Nacional", diz Annenberg.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
Erramos: o texto foi alterado
Versão anterior do texto afirmava que Marilia Marton foi chefe de gabinete da Secretaria de Educação da cidade de São Paulo, na gestão de Fernando Haddad, mas ela ocupou o cargo na Secretaria de Educação do estado. O texto e o título foram corrigidos.
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