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Bolsonaro vai pedir devolução de joias entregues ao TCU, diz advogado

Defesa argumenta que ele seguiu a lei ao tentar vendê-las no exterior e que objetos pertencem ao acervo privado do ex-presidente

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Os advogados de Jair Bolsonaro vão pedir de volta as joias que foram entregues ao Tribunal de Contas da União (TCU) em março passado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro em São Paulo - Marlene Bergamo - 25.jun.2023/Folhapress

COFRE

No entendimento da defesa, os objetos pertencem ao ex-presidente, e por isso devem voltar à sua posse.

BOA VONTADE

"As joias foram entregues ao TCU há alguns meses, por iniciativa da defesa, para demonstrar que jamais houve a intenção de Bolsonaro de se apropriar que algo que não lhe pertencia", diz o advogado Paulo Cunha Bueno.

VERDADEIRO DONO

Naquele mês, o tribunal abriu uma investigação para saber se as joias dadas de presente ao ex-mandatário por autoridades estrangeiras deveriam ter sido entregues ao patrimônio público em vez de ser consideradas propriedade particular dele.

EU ACREDITO

Cunha Bueno diz acreditar que o TCU concordará com a tese da defesa, de que os objetos pertencem ao ex-presidente. E que as joias serão, portanto, devolvidas ao final do processo.

DATA VENIA

"Caso o TCU entenda que elas são do acervo público, e não do acervo privado de interesse público de Jair Bolsonaro, vamos judicializar a questão", afirma o advogado.

ACERVO

Foram entregues ao TCU um relógio rolex cravado de diamantes, além de colares, brincos, canetas e anel.

ACERVO 2

A intenção de reaver as joias está em linha com os argumentos da defesa de que Bolsonaro não cometeu crime ao tentar vender as joias no exterior.

ACERVO 3

Os advogados afirmam que os objetos dados a Bolsonaro de presente foram catalogados pelo departamento de documentação histórica da Presidência e destinados a seu acervo pessoal.

PELA LEI

Nesta condição, ele poderia, de acordo com regras previstas em lei e decreto, vendê-los e também deixá-los de herança.

FILA

O mesmo decreto, no entanto, afirma que a preferência de compra é da União, e que a venda no exterior só pode ocorrer depois de manifestação expressa da mesma União. O que não ocorreu no caso das joias.

FALHA

De acordo com Bueno, isso não transforma o ato de Bolsonaro em um crime.

EM TERMOS

O fato de o próprio TCU já ter decidido, na década passada, que presentes de grande valor deveriam ser destinados ao patrimônio público também é relativizado pelo advogado.

"As decisões do tribunal não se sobrepõem à lei, que é clara sobre o que um presidente pode fazer com os presentes que recebe e que são destinados a seu acervo", diz.

LETRAS

O ex-presidente Michel Temer (MDB) prestigiou o lançamento do livro "Penúltimas Memórias", do economista Roberto Giannetti da Fonseca, no Solar Fábio Prado, na capital paulista, na semana passada. Editada pela Matriz, a obra faz uma análise da história econômica do país e narra a trajetória do autor, que foi membro do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). O ex-governador de São Paulo João Doria compareceu.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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