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'Pra que quebrar meu sigilo bancário e fiscal? Bastava me pedir!', diz Michelle Bolsonaro

Ex-primeira-dama afirma ser alvo de perseguição política com o objetivo de fazê-la desistir: 'Não vão conseguir'

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Após o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizar a quebra do sigilo fiscal e bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de Michelle Bolsonaro, a ex-primeira-dama disse que ela e o marido sofrem "perseguição política".

Michelle e Jair Bolsonaro - Carla Carniel/Reuters

"Pra que quebrar meu sigilo bancário e fiscal? Bastava me pedir! Quem não deve, não teme", publicou ela em suas redes sociais, na manhã desta sexta (18).

"Fica cada vez mais claro que essa perseguição política, cheia de malabarismo e inflamada pela mídia, tem como objetivo manchar o nome da minha família e tentar me fazer desistir. Não conseguirão. Estou em paz", completou Michelle.

Michelle Bolsonaro publica em suas redes sociais que sofre perseguição política - @michellebolsonaro no Instagram

O objetivo da quebra do sigilo é saber se o dinheiro da venda das joias chegou até o ex-presidente. A medida foi solicitada pela Polícia Federal após a operação de sexta-feira passada (11), que mirou um esquema de desvio e venda no exterior dos bens dados de presente à Presidência da República em missões oficiais —como os conjuntos de joias recebidos da Arábia Saudita.

A investigação mostra que o grupo do então presidente mandou para fora do país, a partir de viagens aos Estados Unidos em julho e em 30 de dezembro do ano passado com o avião presidencial, e tentou vender ao menos quatro conjuntos de presentes.

Foram alvo de diligências o general Mauro Lourena Cid, além de seu filho, o ajudante de ordens Mauro Cid, Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro, e Osmar Crivelatti, tenente do Exército e que também atuou na ajudância de ordens da Presidência.

Uma vez nos EUA, afirma a investigação, "os referidos bens teriam sido encaminhados para lojas especializadas em venda e em leilão de objetos e joias de alto valor".

Segundo a apuração, os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, sem utilização do sistema bancário formal, visando ocultar a origem, localização e propriedade dos valores.

A defesa de Bolsonaro afirmou na semana passada que o ex-presidente colocava sua movimentação bancária à disposição das autoridades e que ele "jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos".

Disse ainda, em nota, que ele "voluntariamente" pediu ao TCU em março deste ano a entrega de joias recebidas "até final decisão sobre seu tratamento, o que de fato foi feito".

Na quinta (17), o advogado de Mauro Cid afirmou que ele vai confessar ter negociado nos Estados Unidos, seguindo determinação do ex-presidente, as joias recebidas pelo governo brasileiro.

Cid está preso desde maio no Batalhão do Exército, em Brasília. Está detido por outra investigação, sob suspeita de adulterar o seu cartão de vacinação.


ARCADAS

O advogado e professor Pierpaolo Cruz Bottini recebeu, na noite de quinta (17), o presidente do Iasp (Instituto dos Advogados de São Paulo), Renato de Mello Jorge Silveira, e o juiz Nino Oliveira Toldo no lançamento do livro "Criptoativos e Lavagem de Dinheiro", na Faculdade de Direito da USP, no largo São Francisco, em São Paulo. O evento contou com palestra do professor da faculdade de direito de Bucerius, em Hamburgo, Alemanha, Thomas Rönnau. A professora da USP Ana Elisa Liberatore Silva Bechara também passou por lá.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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