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Descrição de chapéu Itamaraty

Governo Lula já foi procurado por 519 brasileiros que pedem para sair de Israel

70% deles são turistas

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O governo Lula foi procurado por 519 brasileiros que pedem para sair de Israel, após o país ser atacado pelo grupo extremista palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Segundo o Ministério de Relações Exteriores, que recebeu as solicitações de repatriação, 70% deles são turistas.

O Brasil prepara um plano para retirar 550 cidadãos que estão na zona de conflito. A FAB (Força Aérea Brasileira) tem quatro aviões à disposição para o resgate, que poderia ser executado em 18 horas. Duas aeronaves da presidência, os VC-2, com capacidade menor de passageiros, também foram incluídos no planejamento inicial, caso necessário.

Destruição na Cidade de Gaza, em Gaza, causada por foguetes israelenses - Mahmud Hams - 8.out.23/AFP

Um primeiro avião será enviado neste domingo (8) a Roma para se preparar para o primeiro resgate dos brasileiros na região. O KC-30 tem capacidade para cerca de 230 passageiros; a aeronave está em Natal pronta para decolar.

O plano é deixar o avião no local para aguardar a elaboração de listas de passageiros que desejam voltar para o Brasil. As demais aeronaves serão enviadas a depender da demanda que surgir.

A previsão é que a primeira lista de brasileiros saia na segunda (9), pela manhã —a repatriação deve ocorrer no mesmo dia ou na terça (10).

O governo definiu que o aeroporto de Tel Aviv será um dos utilizados para os resgates. Ainda são discutidos outros locais para o embarque de brasileiros em outras regiões do Oriente Médio.

As aeronaves à disposição são dois KC-30 (capacidade de 230 passageiros) e outros dois KC-390 (80 passageiros). Os aviões VC-2 da presidência transportam cerca de 40 passageiros.

O ministro da Defesa, José Múcio, e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, articularam a estratégia. Eles cancelaram uma viagem para a Suécia, onde iriam realizar série de reuniões sobre os caças Gripen, por conta do conflito.

O ministro e o comandante já estavam no voo rumo ao país nórdico quando Múcio recebeu uma ligação do Palácio do Planalto com a convocação da reunião, e o avião deu meia-volta.

A definição sobre o plano de repatriação foi fechada durante uma reunião na manhã deste domingo (8). Estiveram presentes Damasceno, Múcio, a embaixadora Maria Laura da Rocha e o assessor especial da Presidência Celso Amorim.

Segundo o Itamaraty, um brasileiro foi ferido durante os ataques em Israel. Ele recebe tratamento hospitalar no país. Estima-se que há 14 mil brasileiros residentes em Israel e 6.000 na Palestina. Ainda segundo a pasta, 30 vivem na Faixa de Gaza.

Um dia após Israel sofrer o pior ataque em 50 anos e revidar com bombardeios na Faixa de Gaza, o número de mortos nos dois lados passou de 900 neste domingo (8), de acordo com autoridades. Novas explosões foram registradas, e o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, anunciou a retirada de milhares de pessoas que moram próximas do território controlado pelo grupo extremista Hamas.

Cerca de mil combatentes do Hamas, facção que controla a Faixa de Gaza, se infiltraram por terra, mar e ar em solo vizinho no sábado (7). A ação, sem precedentes, foi acompanhada dos disparos de milhares de mísseis contra Israel. Neste domingo, após Netanyahu declarar guerra, o conflito alastrou-se: militares israelenses relataram que mais morteiros foram disparados do Líbano contra o norte do país.

O grupo armado Hizbullah assumiu a autoria dos ataques e manifestou "solidariedade" ao povo palestino. A ação teve como alvo três postos militares nas Fazendas Shebaa, uma fatia de terra ocupada por Israel desde 1967 que o Líbano reivindica como sua.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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