Na manchete digital do francês Le Monde, no final do dia, com a foto acima, “Entre 119.500 e 300.000 manifestantes contra governo”. O primeiro número era da polícia, o segundo, dos organizadores.

Abrindo o texto, “trabalhadores de ferrovias e hospitais, carteiros, funcionários públicos, estudantes... estavam lado a lado em atos convocados por CGT e Solidaires”, as centrais sindicais de esquerda e extrema-esquerda.

Já o conservador Le Figaro trazia a manchete “Franceses divididos sobre uso da força para evacuar universidades”. A quase totalidade dos campi teria sido ocupada.

Na extrema-esquerda, o Libération reportou da Sciences-Po, onde o presidente Emmanuel Macron se formou, que o prédio principal foi tomado pelos estudantes contrários ao que chamam de “ditadura macroniana”.

Fora da França, apesar da violência, os protestos repercutiram pouco. Nos EUA, o New York Times mal registrou, mas o Drudge Report destacou despacho da agência francesa AFP, com o trecho:

“Manifestantes na Universidade de Nanterre, berço dos protestos de maio de 1968, votaram por manter o fechamento até 2 de maio.”

QUEM É MIGUEL DÍAZ-CANEL?

A troca de comando em Cuba foi acompanhada por pontos de interrogação nos EUA. Na manchete digital do Miami Herald, “Novo presidente de Cuba é o primeiro não-Castro em 42 anos. Quanto poder terá?”.

No principal título da cobertura no NYT, “Quem é Miguel Díaz-Canel, novo presidente de Cuba?”. Sem falar com ele, concluiu por sua “dualidade”, de um lado “ouvindo rock e jogando basquete com locais”, de outro “defensor obstinado da revolução”.

BONS CAMARADAS

A agência chinesa Xinhua noticiou as saudações enviadas pelo presidente Xi Jinping ao colega cubano, dizendo que seus países são “bons camaradas, bons amigos e bons parceiros”.

Xi também escreveu a Raul Castro, que, como anotou a Xinhua, “permanece como secretário do Comitê Central do Partido Comunista”.

‘LEGEND! LEGEND!’

O britânico Guardian acompanhou uma viagem de Jair Bolsonaro a Roraima, recebido por SUVs e gritos de “Lenda! Lenda!”.

Sublinhou que o embaixador britânico se reuniu com o presidenciável que “festeja a ditadura e insulta mulheres”. O diplomata defendeu o encontro tuitando, com foto dos dois, ser “fascinante entender com clareza as diversas visões para o país”.