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Correspondente da Folha na Ásia

Trump, perto de John Bolton, vira 'o adulto na Casa Branca'

Segundo Washington Post, presidente dos EUA questiona estratégia do assessor 'após fracasso na Venezuela'

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“Eu na verdade modero John, o que é incrível, não é?”, brincou Donald Trump para os repórteres. Comentava a submanchete impressa do Washington Post, “Trump questiona estratégia após fracasso na Venezuela” (tradução aqui).

Mais precisamente, segundo o WP, sua insatisfação “se cristalizou” no assessor de Segurança Nacional, John Bolton, um intervencionista —diferente dele, Trump, que foi eleito com discurso intermitente contra guerras.

Paralelamente, a revista londrina The Economist dedicou capa e seus principais editoriais a Bolton. A manchete, “Curso de colisão”, trata das ameaças ao Irã lançadas pelo assessor, que busca uma guerra que Trump “parece não querer”:

“Por mais estranho que soe, perto de Bolton, é o presidente que parece ser o adulto cauteloso na Casa Branca.”

Noutro editorial, “John Bolton e a Doutrina Monroe”, a Economist questiona o “bullying dos EUA sobre vizinhos do Sul” e enfatiza que o enfraquecimento da democracia na América Latina vai muito além de Venezuela e outros países à esquerda.

Destaca Guatemala e Honduras, “onde um presidente conservador aliado dos EUA, Juan Orlando Hernández, governa graças a uma eleição marcada por fraude”. Além, é claro, do Brasil de Jair Bolsonaro e seu ministério com “oito generais”.

HONDURAS & GUATEMALA

A cobertura de direita nos EUA acordou antes para os dois países. Trump já tinha saído falando às pressas, após o primeiro fracasso na Venezuela, que cortaria ajuda para Honduras e Guatemala, manchete então por Drudge Report e outros.

Abrindo esta semana, o Washington Examiner destacou “Choque: Mais de 1% da população de Guatemala e Honduras entrou nos EUA desde setembro”. Na sequência, a Fox News trouxe que, em reação aos dados, Trump denunciou “invasão” dos EUA.

GENERAIS EM PERIGO

A Bloomberg destacou que “Bolsonaro é uma aposta arriscada para os militares brasileiros”, avaliando que seu “governo pode arrastar para o fundo a instituição”. Os generais que ele levou para o ministério “como símbolos de respeitabilidade e força agora estão sob risco de perder os dois”.

O PAU-DE-ARARA - MEMÓRIAS

Com a ilustração acima, o site The Daily Beast publicou trecho de "The Parrot’s Perch: A Memoir", recém-lançado por Karen Keilt, que lembra no livro "45 dias de estupro e tortura" durante a ditadura militar no Brasil e a posterior tentativa de suicídio —até a vida com nova família, hoje, no Estado americano do Arizona.

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