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Correspondente da Folha na Ásia

China resguarda Brasil, mas acordo com EUA se aproxima

Trump oferece cortar tarifas, Wall Street dispara e atenção com outros parceiros vai para segundo plano

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Para o perfil que publicou há quatro meses sobre Hu Xijin, editor-chefe do Global Times/Huanqiu, o New York Times escolheu o título “Quando Trump tuíta, o editor da ‘Fox News da China’ revida”.

Mas não desta vez. Por volta do meio-dia, Trump tuitou que um “GRANDE ACORDO” com a China estava “MUITO perto”. E Hu compartilhou imediatamente, se dizendo “Feliz de ver”. Na chamada de seu jornal, depois, foi mais contido, “Sinais positivos são bem-vindos, mas é preciso mais para acabar com a guerra comercial”.

Outros destacaram, como South China Morning Post e Financial Times, apontando o “recorde” de alta que o tuíte causou na Bolsa de Nova York.

O Wall Street Journal surgiu então com a manchete “EUA oferecem cortar tarifas impostas à China”. O último obstáculo era que os negociadores americanos “pediram à China que se comprometa por escrito com compras agrícolas” e os chineses “relutam, pela preocupação de que isso cause atrito com outros parceiros”. Mais precisamente, “o Brasil está oferecendo soja a preços mais baixos”.

Mas a preocupação com o parceiro parece que ficou para trás e, na notícia da Bloomberg, logo em seguida, “EUA alcançam acordo com a China”. No WSJ, entrando pela noite, passo a passo, “Trump planeja assinar acordo”.

CAI O CRÍTICO DE PEQUIM

Enquanto o acordo comercial era fechado, a estatal americana Radio Free Asia, em seu serviço em mandarim, deu a notícia “exclusiva” de que o secretário-assistente de Defesa para a região, Randall Schriver, “visto como um falcão contra a China e apoiador de Taiwan”, pediu demissão. Ele era enviado americano à região desde o governo Obama.

A Foreign Policy informou e o SCMP destacou que a sua saída teria sido por “atrito com o governo Trump”.

DOR DE CABEÇA CHINESA

Também no South China Morning Post, a cobertura da COP-25 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas) mostrou a delegação de Xi Jinping com dificuldade para conter a de Jair Bolsonaro. “O Brasil adotou abordagem muito defensiva, é uma dor de cabeça até para nós”, teria dito um dos enviados chineses.

Segundo o jornal, Pequim, no lugar da “esperada influência tranquilizadora sobre o Brasil, está deixando o país colocar fogo” no encontro.

TRABALHO ANÁLOGO

Em extensa reportagem da Reuters (acima), "Colhido por escravos: Prepara-se uma crise do café no Brasil’. Na legenda da foto principal, "um trabalhador em fazenda durante operação para identificar trabalho análogo à escravidão", em Minas Gerais.

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