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Da Alemanha à Bahia, revolta contra a 'pirataria moderna' dos EUA

Na pista, os americanos tiram o dinheiro e pagam três ou quatro vezes mais pelas encomendas que fizemos à China, descreve governador francês

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Como nos corpos do Equador, foi preciso o serviço de notícias da Rússia, RT, para chamar a atenção ao que estava acontecendo em aeroportos ao redor do mundo. De Renaud Muselier, governador da região francesa Provence-Alpes-Côte d'Azur, em entrevista na quarta (1º):

"Nesta manhã, na pista, na China, uma encomenda francesa [de máscaras de proteção] foi comprada pelos americanos em dinheiro vivo. E o avião que estava para vir à França foi diretamente para os Estados Unidos."

No dia seguinte, o governador de Grande Est, Jean Rottner, confirmou à rádio RTL: "De fato, na pista, os americanos tiram o dinheiro e pagam três ou quatro vezes mais pelas encomendas que nós fizemos, então nós temos que realmente lutar, 24 horas por dia".

Ecoou por jornais como Le Figaro e o serviço de notícias da França, RFI, inclusive em português. E Valérie Pécresse, governadora da região de Île-de-France, onde fica capital, Paris, se somou aos questionamento, no canal de notícias LCI.

Na sexta (3) foi a vez da Alemanha. O principal jornal da capital, Der Tagesspiegel (imagem no alto), destacou declarações do secretário do Interior de Berlim, responsável pela polícia, Andreas Geisel. Ele afirmou que uma encomenda feita à China havia sido "confiscada" na Tailândia:

"Nós consideramos isso um ato de pirataria moderna. Não é assim que você lida com parceiros transatlânticos. Nenhum ato de 'wild west' pode prevalecer. Conclamo o governo federal [alemão] a instar os EUA a cumprirem as regras internacionais."

Ecoou pelo serviço de notícias da Alemanha, Deutsche Welle, inclusive em português, acrescentando que respiradores chineses comprados pelo Consórcio Nordeste foram retidos na Flórida, como noticiado pela Folha. Segundo o secretário baiano Bruno Dauster, "alegaram razões técnicas".

O noticiário chegou aos principais jornais dos EUA, como Wall Street Journal e Washington Post, enfatizando a resposta das embaixadas do país pelo mundo, de que as compras não são feitas diretamente pelo governo, mas por empresas americanas.

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