Correspondente da Folha na Ásia
Nos EUA, inflação como não se vê 'há muitos e muitos anos'
'Preços muito mais altos', destaca noticiário americano; Alemanha e China alertam para risco de 'inflação importada'
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Na manchete do Wall Street Journal, "Preços mais altos fazem consumidor sentir aperto". Logo abaixo, "Americanos acostumados a anos de inflação baixa começam a pagar preços muito mais altos por produtos e serviços".
Ouve os CEOs da Kellogg's ("não vemos inflação assim há muitos e muitos anos") e da Whirlpool ("lojas estão vendo aumentos em todos os produtos") e o célebre investidor Warren Buffett:
"Nós estamos aumentando os preços, as pessoas estão aumentando os preços para nós, e esses aumentos estão sendo aceitos. É uma economia realmente em brasa."
Também o Drudge Report (acima) amontoou manchetes em maiúsculas, como "Preços subindo por toda parte", com CNN, e "Mais sofrimento na bomba" de gasolina, com Associated Press.
ALEMANHA SE PREPARA
Também no domingo, na manchete do Frankfurter Allgemeine Zeitung, com foto da chanceler Angela Merkel ao lado de Christine Lagarde, presidente do BC europeu, "Políticos precisam se preparar para inflação mais alta".
Para a "eventualidade de problema sério", diante do "risco de superaquecimento" nos EUA.
CHINA SE PREPARA
Duas semanas atrás, o financeiro Caixin destacou "Como a China deve responder ao risco de inflação importada dos EUA".
E o South China Morning Post, avisando no título que os "aumentos de preços estão por toda parte", publicou que a "China parece estar alerta para a ameaça, mas o Fed e outros grandes BCs ocidentais precisam mostrar mais preocupação com a alta dos preços", sob risco de "perderem a confiança".
'WE FEEL FREE'
O WSJ foi a Serrana (SP), que "está derrotando a Covid-19 através de experimento único", do Instituto Butantan. Após 98% dos adultos tomarem Coronavac, "a vida começou a voltar ao normal".
"Nós nos sentimos livres", diz o homem da foto, em alto de página na edição de sábado, com o título "Cidade brasileira controla a Covid".
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