Na Bloomberg, "Ondas de choque da Covid levaram pobreza na América Latina a um novo nadir". Destacando exemplos de Rio e Bogotá, na Colômbia, que enfrentam escalada de repressão, afirma que "a região mais desigual do mundo viu 22 milhões se juntarem às classes pobres de 2019 para 2020".

A América Latina responde por 30% das mortes por Covid, "embora tenha só 8% da população", e sua economia contraiu 7% no ano passado, "mais do que o dobro do declínio de qualquer outra região". Ilustra a reportagem:

"Em nenhum lugar a substituição da aspiração [de ascender socialmente] pelo desespero é mais literal do que na Biblioteca Parque Estadual, do Rio, em que milhares procuravam livros antes da pandemia. Agora, ela abriga uma operação de alimentação em massa."

IVÁN DUQUE FALHOU COM A COLÔMBIA

A mortandade colombiana é anterior à brasileira e, apesar de seu presidente ser o maior aliado dos EUA na região, Washington Post e outros americanos já publicam críticas como "Repressão de Iván Duque falha com a Colômbia".

No país, veículos não governistas como La Silla Vacía começaram a publicar memoriais dos jovens mortos (acima).

A VOLTA DO LONGO BRAÇO

Dias antes de Nayib Bukele, presidente de El Salvador, intervir na suprema corte e na procuradoria do país, a Reuters noticiou que os "EUA avaliam força-tarefa anticorrupção para a América Central".

Após a intervenção, o secretário de Estado dos EUA lamentou sobretudo a saída do procurador-geral, "um parceiro efetivo [dos EUA] lutando contra a corrupção".

Mais alguns dias e o governo americano anunciou, também via Reuters, que vai estrear em junho "uma lista de autoridades corruptas centro-americanas", voltada para El Salvador, Honduras e Guatemala, principal origem dos imigrantes da região para os EUA.

Agora, a luta "anticorrupção" inclui sanções.