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Correspondente da Folha na Ásia

Descrição de chapéu toda mídia

Sem fertilizantes, vem aí 'uma crise global de alimentos'

Do Brasil ao Texas, safras estão ameaçadas, diz NYT, projetando 'aumento mundial na fome'; segundo a ONU, uma 'catástrofe'

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Na Bloomberg, os fazendeiros brasileiros "erraram a aposta" e podem ficar sem fertilizantes para plantar, entre outros, soja. Normalmente compram muito antes, mas os preços subiram em 2020, em parte "devido a sanções contra Belarus, levando a adiar a compra".

Rússia e Belarus estão entre "os maiores fornecedores de fertilizantes do mundo". Agora, com guerra e mais sanções, só estão certas 28% das necessidades do Brasil, "o maior importador do mundo".

A mesma Bloomberg noticiou que Lula creditou a crise à "irresponsabilidade total" de se fecharem, no governo Michel Temer, as sete fábricas de insumos para fertilizantes da Petrobras. "O Brasil poderia ser autossuficiente", afirmou ele à rádio Som Maior.

No New York Times, foto de um trator com fertilizantes para usar numa plantação de soja no Centro-Oeste do Brasil, em fevereiro - Reuters

Em reportagem no alto da primeira página, assinada pelo correspondente no Brasil com relatos dos EUA, China e Afeganistão, o New York Times alertou para "uma crise global de alimentos", com "aumento mundial na fome".

"Fazendeiros do Brasil ao Texas estão cortando fertilizantes, ameaçando o tamanho das próximas safras", publica o jornal, com a foto acima e outras. "Os preços de alimentos e fertilizantes estão subindo rapidamente", num quadro de "catástrofe sem precedente desde a Segunda Guerra", diz o diretor da ONU para o combate à fome.

"O aumento dos preços e a fome apresentam uma nova dimensão para a visão sobre a guerra", avalia o NYT. "Poderia ampliar a raiva contra a Rússia? Ou a frustração seria direcionada às sanções ocidentais que ajudam a aprisionar alimentos e fertilizantes?"

O jornal ouve de um importador afegão que "os Estados Unidos pensam que só sancionaram a Rússia e seus bancos, mas os Estados Unidos sancionaram o mundo inteiro".

MORAL

Alemães como FAZ, com foto na manchete (acima), e Süddeutsche Zeitung cobriram a viagem do ministro da economia aos Emirados Árabes Unidos, em busca de uma opção à Rússia, anotando que foi "moralmente questionável". Cobrado, o político verde defendeu o país, que faz guerra no Iêmen.

"Fornecendo armas, comprando armas, servindo a autocratas por gás: os verdes estão renunciando a um valor básico atrás do outro", comentou o Süddeutsche.

REVOLTA

No El Periódico de España, inclusive Instagram (acima), "Um troféu genocida para Bolsonaro: artistas declaram guerra ao presidente". Uma revolta que vai "da arte visual ao teatro, da escultura ao cinema, passando por literatura, música".

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