Correspondente da Folha na Ásia
Canais de notícia se deixam editar por Bolsonaro, e Gabeira critica no ar
'Fala barbaridades exatamente para comentarmos', diz veterano da GloboNews, cobrando mesmo espaço para Lula e outros
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Fernando Gabeira, comentarista da GloboNews, não se conteve ao ser chamado, ele também, para comentar o discurso de Jair Bolsonaro, na cobertura extensiva dos principais canais de notícia para o longo Dia da Independência eleitoral do presidente.
Dizendo ser uma crítica "fraterna", cobrou: "Cobrir exaustivamente a fala do Bolsonaro como candidato só é razoável se nós cobrirmos exaustivamente também a fala dos outros. Porque quem falou foi o Bolsonaro candidato. Ele falou algumas barbaridades exatamente para nós comentarmos".
Era para os colegas e a edição da GloboNews, mas também para a Globo, cuja cobertura mais ampla ainda estava por vir, sobretudo no Jornal Nacional, no início da noite.
A reação de Gabeira aconteceu após o canal de notícias transmitir inusitadamente o comício de Brasília usando o locutor oficial, com seus comentaristas interferindo apenas de vez em quando. Entrou discurso eleitoral, inclusive sobre ensino domiciliar.
A CNN Brasil fez o mesmo, mas não tinha Gabeira para questionar.
Na sequência do puxão de orelhas, a GloboNews passou a dar atenção à ausência dos outros Poderes e até ao Grito dos Excluídos, ainda que com baixa adesão. Já a CNN se manteve comentando a agenda de Bolsonaro, até quando não tinha o que mostrar.
E era só o início do dia de campanha do presidente, preparatório para o comício de Copacabana e, à noite, o jogo do Flamengo.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters